O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, apresentou nesta terça-feira (24) o projeto do novo Anel Viário da capital, uma obra estratégica de 44 quilômetros de pista dupla. A proposta visa desafogar o tráfego pesado da BR-153, rodovia que atualmente corta bairros residenciais e congestiona a Região Metropolitana. O traçado da via interligará os municípios de Goianápolis, Senador Canedo, Goiânia, Aparecida de Goiânia e Hidrolândia.
A construção do Anel Viário contará com recursos federais, já tem aprovação do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e será licitada por meio do Regime Diferenciado de Contratações (RDC), permitindo agilidade na execução. A previsão é que as obras comecem no primeiro trimestre de 2026, com entrega estimada em até três anos.
Segundo Mabel, o projeto utiliza pavimento rígido nas vias expressas, o que garante maior durabilidade e menor necessidade de manutenção. A estrutura contará com 45 obras especiais (OAEs), entre viadutos e pontes, totalizando 3.320 metros de extensão. O investimento atualizado da obra, conforme dados do SICRO de julho de 2023, é de R$ 948,4 milhões.
O Anel Viário terá ainda 26 km de interligações com outras rodovias e previsão de Volume Médio Diário (VMD) de 21.844 veículos até 2035. “Essa rodovia não comporta mais o fluxo atual. Caminhões cruzam áreas urbanas como se fossem avenidas. Essa obra vai recuperar a mobilidade e a qualidade de vida da população”, afirmou o prefeito.
A Prefeitura de Goiânia e os demais municípios envolvidos ficarão responsáveis por atualizar os licenciamentos ambientais e colaborar com as desapropriações. De acordo com Mabel, o Sindicato da Indústria da Construção (Secov-GO) se comprometeu a arcar com 100% das desapropriações sem custos ao poder público.
Durante o evento, o vice-governador Daniel Vilela garantiu apoio do Estado. “É um projeto estratégico para Goiás e para o Brasil, integrando o Norte ao Sul do país. Vamos priorizar essa obra”, disse. Os deputados federais Rubens Otoni e José Nelto também reforçaram o apoio político e financeiro para o início da construção.
A obra é considerada uma das mais importantes intervenções de infraestrutura da última década em Goiás, com potencial para transformar a logística regional, melhorar o trânsito e impulsionar o desenvolvimento econômico da Região Metropolitana de Goiânia.