Talvez esse seja o momento mais delicado na vida político-administrativa do Goiás Esporte Clube. Somando-se à crise na gestão do clube, em campo o time vive uma fase técnica que dificilmente o levará a alcançar o principal objetivo do ano que é a volta para série A do campeonato brasileiro. O time não se encontra em campo, quando alcança um resultado positivo, o desempenho do time não convence. Não passa confiança.
Nos bastidores, a renúncia do presidente do Conselho Deliberativo Edminho Pinheiro e seus familiares, pode ser o início de uma profunda reformulação administrativa, com a dissolvição do atual Estatuto e um provável efeito dominó de novos conselheiros ligados a Edminho Pinheiro deixando o esmeraldino. O ex-presidente do Conselho era o homem forte, que sustentava o novo Estatuto, com sua saída, o caminho está aberto para novas e profundas mudanças.
Comenta-se que o CEO Luciano Paciello, contratado no mercado por Edminho também deverá sair. Não tem a simpatia da maioria dos Conselheiros, o que não acontece com o Executivo de Futebol, Lucas Andrino, bem avaliado e bem relacionado. Edminho Pinheiro acumulava um imenso desgaste com a torcida, por sua política de não se interessar pelo título do campeonato goiano, abrindo espaço para o crescimento do Atlético Goianiense no cenário regional.
Há seis anos o Goiás não vence o goianão, enquanto o Atlético conquistou seu primeiro tricampeonato goiano. O torcedor não aceita essa postura. Edminho também defende a idéia de que o Goiás deve apenas se manter na série A, sem maiores pretensões, pensamento que nunca agradou o torcedor e principalmente os dirigentes mais antigos. Pelo Estatuto atual, assume a presidência do Conselho Deliberativo o vice-presidente Vanderlan Alcântara, mas não parece ser a solução capaz de pacificar o Goiás.
Nos Bastidores, se movimentam outras forças importantes no cenário esmeraldino. Paulo Rogério Pinheiro afirmou recentemente que pretende disputar o cargo de presidente do Conselho Deliberativo. Tem o apoio de Raimundo Queiroz, que poderia ser indicado Presidente Executivo do Goiás pelo próprio Paulo Rogério, seu atual aliado. Paulo Rogério não tem a simpatia do torcedor, pois rebaixou o Goiás em seu último mandato. Raimundo Queiroz, ao contrário, é um velho sonho de consumo da grande torcida esmeraldina.