Não existe político bom ou ruim; jornalista bom ou ruim. Existem os competentes e os incompetentes. Os que dominam a técnica e a forma de seu labor, seus atos e objetivos. Os que fazem história e os que se perdem na história dos outros. Aqueles que escrevem o mundo como Hitler ou como Orwell. Ou que apagam a chama da fé. A fé é o maior fato humano.
Também não existe político bondoso ou malvado. Nem jornalista “fdp diabo dos infernos” ou “perfeito”. Há pessoas, as que se guiam por princípios elevados e as que não. Prevalece a natureza humana, ou a natureza do humano e da humana. Filiação partidária, opção ideológica, os fins ante os meios, justificam, explicam e definem. Confundem. E até colocam ordem, no contexto universal. Revelam o ser, não o ser profissional.
Na base de tudo está o caráter. Cultura, inteligência, religião, cada centelha agrega valor igual para mais ou para menos. Para a redenção ou para a arrebentação. Há sábios em infinitas direções. Deus e o diabo, quem têm mais (da) humanidade? Quem tem mais humanos em si? Quem, em insana consciência, nos representa? Os heróis não cometem santidades. Os heróis são heróis segundo aqueles que os reconhecem. Seu céu convém de ser meu inferno.
Cair no debate dos edificantes versus os ensandecidos é perder-se na eleição e na vida. Nada é simples em comitê de quem quer que seja candidato. A complexidade dos mitos mata a sanidade da massa, incluindo a adversária. O furacão que sacode a alma de cada eleitor é o mistério das urnas. Não é com arma em mente que se abaterá o inimigo. A destruição dos maus, só pelos maus. Os bons não destroem. As bombas vencedoras não caem sem mira e sem perdão.
Entre direita e esquerda estamos todos nós. Nós: juntos. Nós: atados. Cada um à sua maneira, nos derrotamos para vencer o outro. Não damos a outra face, damos o tapa, a bofetada. É preciso nos denunciar como seguidores da razão política que se locupleta com a paixão desenfreada da posse da razão própria, sem freios. Quem vive de eleição em eleição, não morre em vão? A vitória é o cerrado e seus vãos; a derrota, os desvãos. Na moral: quem tem, so
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