A tecnologia do VAR veio para diminuir ou acabar com os erros de arbitragem no mundo do futebol. A ideia é fazer com que o resultado de uma partida reflita com lealdade o melhor futebol praticado em campo. Mas ainda estamos longe disso, porque erros continuam existindo, só que são erros dos homens, não da tecnologia.
Enganam aqueles que defendem o fim do VAR, principalmente quando seu time é prejudicado. O VAR veio para ficar, é preciso estabelecer critérios unificados e preparar melhor os árbitros para que a tecnologia esteja a serviço do futebol, sem tendências, sem interferências e independente do poder de influência dos grandes clubes.
No último fim de semana, os três clubes goianienses foram prejudicados pelo VAR. Na sexta-feira, o Goiás teve um gol anulado contra o Coritiba no último lance do jogo, porque no início da jogada a bola supostamente teria tocado na mão do meia esmeraldino Rafael Gava. Lance duvidoso que tirou a vitória do Goiás e a possibilidade de uma reação do alvi-verde goiano.
No sábado, foi a vez do Vila Nova sentir a dor de ser prejudicado em casa pelo VAR. Uma penalidade clara a seu favor no fim do jogo e a arbitragem do VAR sequer chamou o juiz do jogo para rever o lance. A decisão impediu o Vila Nova de voltar ao G4 da competição.
No domingo, o Atlético por pouco perde a chance de conseguir uma vitória contra o Fluminense ao ter um gol legítimo anulado pelo VAR. A sorte que o Dragão campineiro foi melhor que o Fluminense e venceu com um gol no final da partida. O lance do gol anulado do Atlético reflete uma estupidez dos critérios da arbitragem que precisa ser revista urgentemente.
Não se pode impedir a vitória de uma equipe por conta de um impedimento anotado por um centímetro da ponta de uma chuteira à frente do defensor. É um absurdo, na maioria das vezes marcado contra os times considerados pequenos. Nesses casos, não se pode simplesmente anular uma grande jogada de ataque, um gol que é o grande momento do futebol, por causa de uma minúscula diferença entre um atacante e a defesa adversária. É preciso valorizar as grandes jogadas, a torcida vai aos estádios para ver gols e não para ter sua comemoração frustrada pelo VAR.