Depois da decisão da Copa Verde, em que o Papão da Curuzu conquistou a Taça nas penalidades no Serra Dourada, Paysandu e Goiás voltam a se encontrar neste domingo, em jogo válido pelo campeonato brasileiro da série B. Uma partida de opostos na tabela de classificação, onde o Goiás é o líder absoluto com 16 pontos ganhos e o time paraense é o penúltimo colocado com apenas 3 pontos conquistados. Não dá para falar em revanche ou vingança. São competições diferentes, a Copa Verde ficou no passado e o que vale agora é a conquista da vaga para a série A e, se possível, o título da série B.
Enquanto o Goiás busca somar pontos para se garantir no G4, o Paysandu luta para deixar o Z4. A atual crise da equipe paranaense começou exatamente com o início da série B. O Paysandu frequenta a segunda página da tabela de classificação em todas as rodadas da competição, por isso, Goiás e Paysandu fazem uma partida de opostos. O Verdão encara o Paysandu com o objetivo de somar pontos e se manter entre os primeiros colocados para consolidar sua condição de postulante ao acesso à série A. Além desse objetivo, o Goiás também quer o título da série B para garantir vaga na Copa do Brasil do ano que vem. Considerando o momento dos dois clubes, o Goiás é favorito para vencer a partida, mesmo sendo realizada na casa do adversário.

Ancelotti chega em momento de crise na CBF
A CBF anunciou oficialmente a esperada contratação do técnico italiano Carlo Ancelotti para comandar a seleção brasileira no restante das eliminatórias e na Copa do Mundo de 2026. Ancelotti sempre foi sonho da CBF para treinar a seleção brasileira, sonho esse agora realizado. É a esperança do torcedor brasileiro de ver o Brasil novamente disputando um título mundial. Carlo Ancelotti tem pouco mais de um ano para por fim ao futebol caótico da seleção brasileira e entrar na Copa do Mundo em condições de vencê-la, o que não acontece há mais de vinte anos.
O que chama atenção na vinda do técnico italiano para ser o técnico da seleção brasileiro é o contrato proposto e aceito pela CBF. São cifras impressionantes para os padrões do futebol brasileiro, mas que de certa forma corresponde com o nível de Ancelotti e seus títulos conquistados. O treinador do Real Madrid vai receber R$ 5 milhões/mês, moradia no Rio de Janeiro bancada pela CBF, bônus de 5 milhões de euros em caso de conquista do mundial e um jatinho à sua disposição para viagens à Europa quando quiser. A pergunta que fica é: será que o Brasil tem jogadores do nível que Ancelotti precisa para fazer nosso futebol ser protagonista mundial novamente?
A crise institucional que assola a CBF ganhou novos contornos com o cancelamento de uma audiência importante no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que poderia trazer luz sobre a legitimidade da permanência de Ednaldo Rodrigues na presidência da entidade. O ex-presidente Coronel Nunes, figura central na controvérsia, não compareceu à audiência marcada recentemente, alegando problemas de saúde. O processo em curso envolve suspeitas sobre a autenticidade da assinatura do Coronel Nunes em um acordo que foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal e garantiu a continuidade de Ednaldo Rodrigues no comando das CBF.
Na tentativa de desviar o foco e recuperar prestígio, Ednaldo Rodrigues anunciou no mesmo dia, segunda-feira que passou, a contratação do técnico italiano Carlo Ancelotti para comandar a seleção brasileira. Analistas entendem o movimento de Ednaldo Rodrigues como uma estratégia para conter a crise e demonstrar força na presidência da Confederação Brasileira de Futebol. A pergunta que fica é como Ancelotti está analisando tudo isso. Terá a mesma disposição em dirigir a seleção brasileira no meio dessa confusão? Vai aceitar ser instrumento de uma tramóia política que visa tão somente a luta pelo poder político na CBF? O futebol brasileiro e a retomada da hegemonia do futebol mundial não é o motivo maior dos dirigentes da entidade maior do futebol brasileiro. Para o povo sim, é o maior sonho. Para os “cartolas”, é apenas um detalhe.

Atlético ficou a “ver navios”
Conhecido por não ter muita paciência com treinadores, desta vez foi Adson Batista que foi pego de surpresa com o pedido de demissão do técnico Cláudio Tencati. O treinador recebeu uma proposta irrecusável do Juventude, clube que disputa a série A e não teve dúvidas. Procurou o presidente atleticano, apresentou a proposta recebida pelo Juventude e Adson Batista não teve outra alternativa a não ser liberar o técnico. “O Atlético não tem como cobrir a proposta do time sulino”. Vamos ao mercado buscar o substituto, afirmou Adson Batista.
Conhecedor dos métodos de trabalho de Adson Batista, Claudio Tencati não pensou duas vezes. Além da proposta ser excelente financeiramente, Tencati sabia que no Atlético não tinha garantia nenhuma de permanência no cargo. Depende sempre do humor do presidente. Tencati vai receber um excelente salário no Juventude, ótimas condições para desenvolver sua atividade e a possibilidade de fazer um trabalho de longa duração. Dessa vez, Adson Batista foi pego de surpresa. “Não demitiu, foi ele quem ficou na mão”.
Tristeza para o Vila, alegria no Goiás
A derrota do Vila para o Clube do Remo provocou sentimentos diferentes entre torcedores do Vila e do Goiás. Enquanto os vilanovenses viram seu time se distanciar da liderança da série B, os esmeraldinos festejaram a derrota do rival e a liderança isolada da competição. O colorado não perdeu apenas uma partida para o Remo. Junto com a derrota, perdeu uma posição na tabela de classificação e a condição de defesa menos vazada da série B.
Mas não há motivo para desespero. É preciso ter paciência para analisar o momento do Vila. O campeonato ainda está apenas começando, é preciso manter a regularidade e seguir conquistando bons resultados. Perder para o Remo em Belém é doloroso, mas é um resultado normal. O que precisa ser corrigido são as falhas apresentadas no setor defensivo, isso sim, não é normal para o Vila neste campeonato. Até o momento, o Tigre tinha a defesa menos vazada da série B, hoje não tem mais. Além de corrigir os erros do sistema defensivo, o técnico Rafael Lacerda tem que acertar o ataque do Vila Nova, que tem sido inofensivo nesta temporada.