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Pesquisa revela aumento na percepção de piora na segurança e criminalidade entre brasileiros

O levantamento foi encomendado pela Folha de S.Paulo


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 12/04/2025 - 13:50

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Estudo destacou que um em cada dez brasileiros foi vítima de roubo de celular no último ano. (Foto: Reprodução)

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha entre 1º e 3 de abril, com 3.054 entrevistados em 172 municípios brasileiros, mostrou que 58% da população acredita na piora na segurança e que a criminalidade aumentou em suas cidades nos últimos 12 meses. O levantamento, encomendado pela Folha de S.Paulo, tem margem de erro de dois pontos percentuais. Segundo os dados, 25% dos entrevistados consideram que a situação se manteve estável, enquanto apenas 15% perceberam melhora na segurança pública. A percepção de aumento da violência é mais acentuada em regiões metropolitanas (66%) e entre mulheres (62%), contra 52% dos homens que compartilham da mesma avaliação.

As regiões Sudeste e Nordeste apresentaram os maiores índices de preocupação com a segurança, enquanto Norte e Centro-Oeste registraram percepções menos negativas. A divisão também aparece no espectro político: entre eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 47% veem piora na criminalidade, contra 68% dos simpatizantes de Jair Bolsonaro (PL). A pesquisa revelou ainda que 44% dos brasileiros percebem aumento da criminalidade em seus próprios bairros, com 38% afirmando que a situação permaneceu igual e 19% relatando melhora.

O estudo destacou que um em cada dez brasileiros foi vítima de roubo de celular no último ano, totalizando cerca de 14 milhões de pessoas. Os números são mais altos nas capitais e regiões metropolitanas, enquanto o Sul apresentou o menor índice (6%). Embora os dados oficiais mostrem queda de 10% nos roubos e furtos de celulares em 2023, os estelionatos aumentaram 360% entre 2018 e o ano passado, chegando a quase 2 milhões de casos registrados. A exposição a conteúdos violentos também influencia a percepção: 62% dos entrevistados afirmaram consumir vídeos de crimes para se manter informados, enquanto 73% disseram que esse material os faz sentir mais vulneráveis.

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