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Caiado acusa governo Lula de omissão e diz que país está à deriva em entrevista ao Roda Viva

Na entrevista ao Roda Viva, governador de Goiás e pré-candidato à presidência critica avanço do crime, alta de impostos e afirma que governo do PT “virou assaltante de aposentados”


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 10/06/2025 - 13:13

Ronaldo Caiado foi sabatinado por jornalistas no programa Roda Viva da TV Cultura na segunda-feira (Foto: Secom)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), foi o entrevistado do programa Roda Viva, da TV Cultura, desta segunda-feira (9/6), onde fez duras críticas à condução do governo federal em áreas essenciais como economia e segurança pública e se apresentou como pré-candidato à presidência em 2026. Com 40 anos de vida pública, Caiado se apresentou como “o mais longevo opositor do PT” e afirmou que a omissão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem provocado graves desequilíbrios sociais e econômicos no país.

Entre os principais pontos levantados durante o programa Roda Viva, o governador citou o avanço de facções criminosas, propostas que concentram poder em Brasília — como a PEC da Segurança —, o aumento do endividamento público e o empobrecimento da população diante da alta de impostos sem cortes de gastos. “O país está à deriva, com 56% de rejeição. Era defensor dos pobres e virou assaltante de aposentados. Os que mais foram lesados foram os trabalhadores rurais”, disse, em referência aos golpes que afetaram beneficiários do INSS.

Caiado também defendeu maior rigor no combate ao crime organizado, o cumprimento do plano de governo eleito nas urnas e o respeito à autonomia dos entes federativos. “É preciso ter independência moral e coragem para fazer valer as leis de uma democracia plena”, disse, ao criticar o esvaziamento da função presidencial. “Na ausência do presidente, Legislativo e Judiciário assumem funções que não lhes cabem”, ressaltou ao anunciar que, se for eleito presidente, implantar um presidencialismo pleno.

O governador de Goiás ainda atacou os acordos ambientais firmados pelo governo federal, como o compromisso com a França sobre rastreabilidade de produtos livres de desmatamento. Segundo ele, a promessa de investimentos internacionais não se sustenta. “Eles não vão dar. Não existe ninguém mais protecionista que o europeu. Eles não aguentariam nossas regras ambientais por um dia”, afirmou.

Caiado também associou parte do desmatamento ilegal na Amazônia à atuação do crime organizado. “PCC e Comando Vermelho comandam garimpos e madeireiras ilegais. Facções do México e da Venezuela também atuam na região. Produtores já foram expulsos”, disse. O governador tem denunciado o avanço do crime organizado em setores da economia, áreas urbanas em que o Estado não consegue acessar diante da completa inação do governo federal.

Na área econômica, o governador criticou a proposta do ministro Fernando Haddad de cortar 10% das renúncias fiscais, que pode atingir 65 setores sem que o governo tenha detalhado os impactos. “Em dois anos e meio, a relação dívida/PIB subiu 4,36%. Batem recorde de arrecadação, mas não cortam gastos. Só pensam em mais impostos”, afirmou. Caiado pontuou a força do agronegócio, setor que, segundo ele, “segue competitivo apesar do governo federal, e não por causa dele”.

Sucessão presidencial
A pré-candidatura de Caiado à presidência foi a pauta central do Roda Viva. O governador afirmou ter independência moral e resultados conquistados em Goiás para apresentar seu nome como alternativa para a sucessão presidencial de 2026. Entre os principais feitos, Caiado listou o primeiro lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), a queda expressiva dos índices de criminalidade e o equilíbrio nas contas do Estado. “Assumi um Estado quebrado, sucateado, bloqueado no Tesouro. Hoje, Goiás está totalmente dentro das regras do equilíbrio fiscal e com dinheiro em caixa”, afirmou.

Primeiro nome a se apresentar oficialmente como pré-candidato à presidência, Caiado defende que a centro-direita e a direita apresentem diversas candidaturas no primeiro turno da eleição presidencial em 2026. No segundo turno todos esses nomes estariam unidos contra Lula ou outro nome da esquerda.

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