A Câmara Municipal de Goiânia suspendeu a sessão plenária desta quarta-feira (12) por problemas técnicos. A reunião foi interrompida após uma falha geral nos sistemas de internet e som do plenário, o que impediu a continuidade dos trabalhos e a transmissão ao vivo pela TV Câmara e redes sociais. Com isso, a votação do projeto de lei do prefeito Sandro Mabel (UB) para transferir R$ 10 milhões para rubrica de investimentos, deve ficar para a próxima terça-feira (17).
A manhã começou com a realização da reunião ordinária da Comissão de Saúde e Assistência Social, que chegou a ser transmitida normalmente. No entanto, por volta das 9h, a transmissão travou e o sinal não foi restabelecido.
O prédio está em obras para a construção de um terceiro piso, em ampliação demandada a partir do aumento de duas cadeiras na Casa, a partir desta legislatura. A Câmara ainda não informou se os problemas foram causados pelos trabalhos das equipes de manutenção.
Nas redes sociais, usuários relataram dificuldade para acompanhar a sessão e cobraram explicações. Um dos comentários lembrava a votação do Projeto de Lei nº 205/2025, de autoria do prefeito, que autoriza o Executivo a abrir crédito adicional no valor de R$ 10 milhões para áreas específicas da gestão pública.
“Excepcionalmente hoje, na votação dos milhões, a TV Câmara fica fora do ar… que coincidência.”, afirmou Thiago Faria.
Nesta quarta-feira (11), a base aliada ficou dividida e o projeto não pode ser votado, sob o risco de ser rejeitado no plenário.
A presidência da Casa ainda não informou se haverá sessão extraordinária para compensar a paralisação de hoje. Nos bastidores, vereadores tem intensificado as negociações com o Paço para votar favorável à matéria, que tem recomendação contrária do Ministério Público.
Pauta
Além do projeto que pede autorização para abrir crédito extra de R$ 10 milhões, a pauta contava com outras 13 matérias, como a do vereador Markim Goyá, que propõe a redução de taxas de serviços públicos para vereadores, a iniciativa para regulamentação dos trenzinhos da alegria, e a implementação de um programa para disciplinar o atendimento de pacientes com câncer na rede pública da capital.
Também estavam previstos projetos polêmicos para votação, como o que dá aos pais o direito de vetar a participação dos filhos em atividades sobre gênero, outro que regula o uso de banheiros públicos e privados, e a criação da Frente Parlamentar Conservadora. A pauta incluía ainda propostas sociais para proteção da mulher, bem-estar animal e quatro títulos de cidadania.