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Semad dá autorização parcial ao plano de ação emergencial no lixão de Padre Bernardo

Parecer prévio teve foco específico na proposta na isolamento hidráulico da área impactada, em vista da gravidade da situação


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 24/06/2025 - 12:48

Semad notifica empresa de aterro em Padre Bernardo após desmoronamento e contaminação do córrego
Lixão de Padre Bernardo desmoronou, atingindo cursos d'água

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) concluiu, na manhã desta terça-feira (24), uma análise parcial do plano de ação emergencial (PAE) apresentado pela empresa Ouro Verde, que é a dona do lixão em Padre Bernardo onde aconteceu o desmoronamento de uma montanha de lixo no dia 18 de junho, contaminando o córrego Santa Bárbara.

Em razão da complexidade e da urgência da situação, a Semad emitiu parecer prévio com foco específico na proposta de isolamento hidráulico da área impactada (para fazer com que o leito do córrego deixe de passar pelo perímetro em que houve o desmoronamento). A secretaria autorizou a implantação do que foi apresentado, desde que a empresa entregue, no prazo máximo de 24 horas, os documentos e projetos executivos complementares que viabilizem tecnicamente a implementação.

Adicionalmente, a Semad destacou como ação prioritária e imediata o início do esvaziamento das lagoas de chorume e a respectiva destinação ambientalmente adequada do efluente, considerando os problemas de instabilidade e comprometimento estrutural identificados durante as vistorias realizadas pelos órgãos de controle e fiscalização.

O que diz o plano
O plano apresenta duas alternativas para o desvio do fluxo hídrico, que se diferenciam principalmente pelo uso de bombeamento em uma delas e pelo escoamento por gravidade na outra.

O plano contempla as seguintes etapas: 1) interceptação do fluxo de água a montante do ponto de contato com os resíduos; 2) captação e condução da água por tubulações laterais ao longo da borda do curso hídrico, utilizando o desnível natural do terreno para escoamento por gravidade ou pelo uso de bombas, se tecnicamente for mais adequado; e 3) lançamento da água em ponto a jusante previamente identificado, isento de potencial de contaminação;

A intervenção proposta menciona que vai evitar escavações agressivas, não requer supressão de vegetação e proporciona maior segurança operacional às equipes, ao manter o sistema de desvio fora da área instável (“área quente”).

Na resposta à empresa, a Semad ressaltou que a hipótese a ser adotada deverá ser tecnicamente justificada, considerando as características da área, as condições de campo e os parâmetros definidos no projeto executivo. A escolha da alternativa não deve se pautar exclusivamente em critérios de conveniência, facilidade ou menor custo de implantação, mas sim na sua efetividade, segurança e compatibilidade com o cenário de emergência identificado.

A secretaria frisou ainda que falta a empresa apresentar o detalhamento técnico necessário à execução da proposta. A Semad aguarda, entre outros itens, os seguintes documentos e informações técnicas mínimas: 1) estimativa da vazão média e máxima a ser desviada; 2)especificação técnica do diâmetro e tipo de tubulações a serem utilizadas, com base nas vazões previstas; 3) especificação dos modelos e capacidades das bombas (vazão e altura manométrica), com indicação da quantidade, localização e fontes de energia (gerador, rede elétrica, painel solar etc.); 4) memorial de cálculo da lagoa técnica de contenção, se prevista; 5) plano operacional e croqui técnico da área de intervenção; 6) levantamento do maquinário e equipamentos a serem utilizados.

Análise prévia indica escorregamento de cerca de 40 mil m³

Análise prévia feita pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) indica que aproximadamente 40 mil metros cúbicos de resíduos sólidos escorregaram quando houve o desmoronamento de uma pilha de lixo no lixão da empresa Ouro Verde, em Padre Bernardo.

A estimativa foi feita com imagens georreferenciadas produzidas antes e depois do desastre ambiental, ocorrido no dia 18 de junho. Avalia-se também que haja 6 mil metros cúbicos nas lagoas de chorume do lixão, o que tem levado a Semad e o gabinete de crise a cobrar celeridade e senso de urgência da empresa na remoção e transporte desse líquido, antes que chova na região.

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