A votação do projeto de lei (PL 83/2025) na Câmara Municipal de Goiânia, que reestrutura a administração da Casa e cria 41 novos cargos, trouxe um cenário que apesar de ser incomum no contexto nacional, pode se tornar corriqueiro no plenário: parlamentares de partidos historicamente antagônicos, PT e PL, foram os únicos a votar contra a medida.
Os vereadores Professor Edward e Fabrício Rosa (ambos do PT) e Oséias Varão, Vitor Hugo e Coronel Urzêda (todos do PL) se posicionaram contra a aprovação do projeto, destoando da ampla maioria que apoiou a proposta da Mesa Diretora.
A convergência entre petistas e bolsonaristas é comum na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) haja vista que os deputados estaduais petistas e bolsonaristas do legislativo estadual fazem oposição ao governador Ronaldo Caiado (UB). O cenário deve se repetir com menos intensidade na Câmara dos Vereadores de Goiânia.
Apesar de no legislativo goianiense, apenas o PT se declarar oposição, os parlamentares do PL dizem fazer independência a gestão mabelista, mas o projeto em questão também não traz luz a questões junto ao Executivo. Tratam-se do remodelamento da própria Câmara. Então, o relacionamento dos liberais com Mabel ainda deverá ser testado.