Com o recesso parlamentar se aproximando, vereadores de Goiânia aproveitaram a reta final das sessões legislativas para cobrar soluções para problemas internos da Câmara Municipal. Entre os temas levantados na quinta-feira (3), destacaram-se a falta de café nos gabinetes e a possível perda de vagas de estacionamento usadas por servidores da Casa.
O vereador Tião Peixoto (PSDB) reclamou da falta de fornecimento de café, dizendo que servidores estariam fazendo “vaquinha” para manter a bebida disponível nos gabinetes.
“Eu fiquei sabendo agora em meu gabinete que a Casa cortou o café para os gabinetes, eu fiquei pasmo”, disse. “Puxou o Bruno lá, que cortou tudo? Daqui uns dias vão cortar até o papel higiênico”, mencionou o filho, deputado Bruno Peixoto, presidente da Assembleia Legislativa de Goiás.
Apesar da queixa de Tião, cada gabinete possui cerca de R$ 15 mil mensais de Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) que contempla, entre outros, a compra de gêneros alimentícios entre os itens reembolsáveis.
Anselmo Pereira (MDB) assegurou o tradicional cafezinho da Câmara e defendeu o presidente Romário Policarpo (PRD). “Tá provado pela Universidade de Londres que quem toma café vive mais. Então toma mesmo, sem dó.”
Já Henrique Alves (MDB), que compõe a Mesa Diretora, explicou que a interrupção no fornecimento ocorreu por um problema pontual com a vencedora da licitação e que a terceira colocada já foi acionada para retomar o serviço. “O nosso cafezinho, que é essencial, vai continuar”, garantiu.
Ao final da sessão, Anselmo convidou a vereadora Rose Cruvinel (UB) para ocupar a Mesa e tomar uma xícara de café. “Já que havia um reclame, há café na Mesa, não há escassez aqui não”, brincou.
Estacionamento
Outro ponto abordado foi em relação a vagas de estacionamento. Coronel Urzêda (PL) alertou que um atacadista localizado nas imediações da Câmara iniciou a instalação de cancelas no estacionamento próprio, frequentemente usado por servidores da Casa.
“Vai virar bagunça no Centro, não tem onde estacionar. Precisamos sentar com a prefeitura ou com a empresa pra resolver isso de vez”, cobrou Urzêda.
Henrique Alves informou que a presidência está buscando uma alternativa. “Estamos conversando com o PC (Paulo Cesar Fornezier, chefe de gabinete da presidência da Câmara) para encontrar a melhor forma de negociar com o atacadão e evitar a cobrança para os servidores.”
Há informações de que a Casa discute um convênio com o estabelecimento para permitir que os servidores utilizem o espaço. A expectativa é que na volta do recesso, entre os dias 11 de julho a 3 de agosto, os problemas estejam resolvidos.