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EDITORIAL | As pesquisas erraram?


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 10/10/2022 - 01:01

Foto: Secom TRE-SC

À primeira vista, sim. Algumas mais, como a Brasmarket, que apontou, na sexta-feira, 30, a liderança do presidente Jair Bolsonaro com 45,4% de intenção de votos contra 30,9% de Luiz Inácio Lula da Silva. As demais apresentaram discrepâncias quanto aos percentuais de votos obtidos pelos candidatos à Presidência da República nas urnas e suas projeções, como é o caso do levantamento Ipec, no qual Lula apresentava 51% das intenções de votos. Bolsonaro, 37%. O presidente obteve 43% dos votos nas urnas.

Os principais institutos, Datafolha e Ipec, tiveram acertos em relação à intenção de votos do petista dentro da margem de erro, mas não conseguiram captar a onda de voto útil que beneficiou o liberal, que obteve cerca de 6% dos votos a mais do que as duas pesquisas apontavam.

Em Goiás, o instituto de pesquisa Serpes também acertou parcialmente o resultado: o governador Ronaldo Caiado (UB) foi reeleito em primeiro turno com 51,8% dos votos; no levantamento, as intenções de votos no em Caiado somavam 52,4%. A projeção da pesquisa, no entanto, não acertou em relação a Gustavo Mendanha (Patriota), cujo levantamento indicava que ele teria 20,6% dos votos e ele obteve 25,2%.

O maior erro da pesquisa Serpes em Goiás se deu para a disputa pelo Senado. Na sexta-feira (30), o instituto projetava Marconi Perillo (PSDB) com  25,8% das intenções de voto, seguido do Delegado Waldir (UB), com 13,4%, e Wilder Morais (PL), em quarto lugar, com 11,5%. O liberal foi eleito com 25,2% dos votos e Perillo obteve 19,8% dos votos. 

Os institutos não foram capazes de detectar as ondas de voto útil e nem o sentimento antipetista e pró-bolsonarismo em suas sondagens. Precisam revisar seus métodos.

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