A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), deflagrou nesta terça (17) a Operação Speedy Cash, com o objetivo de investigar um esquema de peculato e associação criminosa envolvendo a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. A operação cumpre 5 mandados de prisão temporária e 17 mandados de busca e apreensão.
Entre os alvos estão Wilson Pollara, ex-secretário de Saúde, e Quesede Ayres Henrique, ex-secretário executivo, além de dirigentes da associação União Mais Saúde e da empresa Mult Hosp Soluções Hospitalares LTDA. A investigação revela o desvio de R$ 10 milhões de recursos públicos destinados a um convênio para serviços de saúde.
Esquema de desvio milionário
De acordo com as investigações, o convênio irregular foi celebrado entre a Secretaria Municipal de Saúde e a associação União Mais Saúde. Os recursos foram liberados em tempo recorde, sem a devida análise técnica ou publicização. O dinheiro, liberado entre os dias 19 e 22 de agosto de 2024, foi desviado em apenas 17 dias, o que deu nome à operação Speedy Cash.
O processo iniciou em julho de 2024, quando Quesede Ayres Henrique, então secretário interino, teria aprovado o convênio a pedido da União Mais Saúde. Poucos dias depois, Wilson Pollara, ao reassumir o cargo, ordenou o pagamento antecipado e integral de R$ 10 milhões. Os recursos foram rapidamente desviados por meio de transferências bancárias e saques em espécie, beneficiando empresas e pessoas ligadas aos investigados.