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Alistamento militar feminino registra 7 mil inscrições nos primeiros dias

Iniciativa inédita oferece 1.465 vagas em 29 municípios; inscrições seguem até 30 de junho de 2025.


Laiz Queiroz Por Laiz Queiroz em 03/01/2025 - 18:17

Foto: Agência Gov

O alistamento militar feminino, uma iniciativa inédita das Forças Armadas, já contabilizou 7 mil inscrições até o meio-dia de 3 de janeiro de 2025. O processo, que teve início no dia 1º de janeiro, é voluntário e destinado a mulheres que completam 18 anos neste ano (nascidas em 2007). São oferecidas 1.465 vagas em Brasília e outros 28 municípios de 13 estados brasileiros.

As interessadas podem se inscrever de forma online, pelo site oficial do alistamento militar (https://alistamento.eb.mil.br/alistamento), ou presencialmente nas Juntas de Serviço Militar dos municípios contemplados. Entre as cidades com vagas estão Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Salvador (BA).

As candidatas poderão escolher entre a Marinha, o Exército e a Aeronáutica, dependendo da disponibilidade de vagas, aptidão e especificidades de cada Força. O processo seletivo será dividido em etapas, incluindo entrevista, inspeção de saúde e testes físicos.

As mulheres selecionadas começarão a servir no 1º ou 2º semestre de 2026, ocupando a graduação de soldado no Exército e na Aeronáutica, ou marinheiro-recruta, no caso da Marinha. Elas terão os mesmos direitos e deveres que os homens.

Segundo o Ministério da Defesa, o alistamento feminino segue o Decreto nº 12.154, de 27 de agosto de 2024, e o serviço militar terá duração inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação por até oito anos. O objetivo é aumentar progressivamente a participação feminina, alcançando 20% das vagas nos próximos anos.

Atualmente, as Forças Armadas contam com 37 mil mulheres, cerca de 10% do efetivo total. Historicamente, elas têm atuado nas áreas de saúde, logística e ensino, com acesso limitado à área combatente por meio de concursos públicos específicos, como os do Colégio Naval (Marinha) e das escolas preparatórias de cadetes do Exército e da Aeronáutica.

Com essa nova iniciativa, as Forças Armadas buscam ampliar o espaço feminino no serviço militar, reforçando a igualdade de oportunidades e a representatividade.

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