Por Laiz Queiroz em 14/01/2025 - 18:00
A rica tradição cultural dos carros de bois e seus muladeiros, parte essencial da Romaria do Divino Pai Eterno em Trindade, Goiás, é o tema do longa-metragem “Carreiros, candeeiros e seus carros de bois: Os saberes e fazeres em épicas jornadas à romaria do Divino Pai Eterno em Trindade/Goiás”. Idealizado pelo cineasta Pedro Diniz, o filme tem o apoio financeiro da Lei Federal Paulo Gustavo, com a execução da Secretaria de Estado da Cultura (Secult Goiás). A produção foi realizada pela Altosplanos Produções Audiovisuais e já está sendo exibida em diversas cidades goianas, com foco nos carreiros e suas histórias.
O documentário explora em detalhes a jornada dos carreiros, desde a preparação dos carros de bois até os momentos da missa dos carreiros, sendo a primeira obra que registra esse aspecto da cultura goiana de forma tão aprofundada. O diretor Pedro Diniz destaca a importância de mostrar a saga dos carreiros, com a inclusão de momentos como a confecção das “matulas” e o envolvimento das famílias ao longo da longa viagem. “É a primeira vez que o documentário revela o cotidiano dos carreiros em sua jornada, desde a preparação até a chegada a Trindade”, explica o cineasta.
O projeto teve início em 2014, com a captura das imagens e sons das jornadas dos carreiros na região do entorno do Pico dos Pireneus até Trindade. O material originou dois curtas-metragens: “Ainda Existe” (2015) e “A Caminhada da Fé” (2018), e culminou no longa que agora está sendo exibido nas cidades de Posse d’Abadia, Abadiânia, Corumbá de Goiás, Pirenópolis, Alexânia, Olhos d’Água, Ouro Verde e Goiânia. Em janeiro, o filme será apresentado novamente em Abadiânia Velha (17), Alexânia (19) e na Fazenda do Sr. Vardim, próximo a Pirenópolis (23).
De acordo com Diniz, as exibições têm como objetivo levar o filme aos carreiros e suas famílias, que têm recebido o documentário com entusiasmo. “A aceitação está sendo excelente, e os próprios carreiros já estão criando a agenda para novas exibições. O filme já é deles”, conclui o diretor, destacando o forte vínculo emocional gerado pela obra.
