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O título de campeão entre a melhor defesa e o melhor ataque


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 30/03/2025 - 10:37

Anápolis em vantagem na decisão. (Foto: divulgação)

O título de campeão goiano de 2025 será decidido entre o time que apresentou a melhor defesa da competição e aquele que teve o melhor desempenho no ataque. A melhor defesa pertence ao Vila Nova, que em 16 partidas foi vazado apenas sete vezes, o que dá uma média de 0,4 gols por jogo. O ataque vilanovense foi pouco produtivo, tendo marcado apenas 12 gols, numa média inferior a um gol por partida.  

Já o Anápolis teve o melhor ataque com 25 gols marcados, média de 1,6 por jogo. O tricolor anapolino sofreu 14 gols, quase um gol sofrido por partida. Diferente do seu adversário da final, o Galo da Comarca é um time que fica menos com a bola, tendo uma posse de 47,1% em média. Do lado colorado, a estratégia se baseia na solidez defensiva e no controle do jogo por meio da posse de bola, mas tem como ponto fraco o ataque. Na primeira partida da decisão, esses números não prevaleceram. O Vila continuou tendo a maior posse de bola, mas a defesa falhou no final da partida e o Anápolis saiu vencedor marcando dois gols nos acréscimos, em falhas da defesa.

A “incrível” eleição na CBF

Raramente acontece em uma disputa eleitoral democrática uma eleição onde uma das partes vence por absoluta unanimidade de votos. Foi o caso das eleições para a presidência da CBF, realizada esta semana, em que o atual presidente, Ednaldo Rodrigues, foi reeleito por unanimidade para um mandato que vai até o ano de 2030. Todas as Federações e Clubes votaram com o presidente Ednaldo Rodrigues.

Fato interessante foi que Ronaldo Fenômeno, ex-seleção brasileira, tentou emplacar sua candidatura à presidência da entidade máxima do futebol nacional e não conseguiu. Precisava do apoio de pelo menos quatro Federações para registrar sua candidatura, mas nenhuma delas sequer quis recebê-lo para conhecer suas ideias. Todas fechadas com Ednaldo Rodrigues. Percebendo o ambiente das eleições, Ronaldo retirou sua candidatura e saiu de cena.

As perguntas que ficam  é: o atual mandatário da CBF é tão bom ao ponto de receber o voto de todos os filiados? Ninguém discorda de sua gestão?  Se ele é tão perfeito no comando dos destinos do futebol brasileiro, porque nossa seleção está tão mal? Porque o calendário do futebol brasileiro é tão desorganizado?  Porque não temos um técnico à altura das tradições do nosso futebol? Será que vamos ficar fora de uma Copa do Mundo pela primeira vez na história? Dizem que toda unanimidade é burra, no caso da CBF, além de burra, é muito suspeita…

Clubes sem grana para fazer grandes times 

Goiás, Vila Nova e Atlético não têm dinheiro para fazer times capazes de competir em igualdade de condições na série A do campeonato brasileiro. Por isso quando sobem logo são rebaixados. Os clubes evitam fazer investimentos tirando jogadores com contratos em outros clubes. Só contratam jogadores livres no mercado ou que não estão sendo utilizados em seus clubes de origem.

Alegam que não tem dinheiro para fazer grandes contratações, mas passam o ano inteiro pagando dívidas trabalhistas, multas rescisórias com treinadores e jogadores que não correspondem e precisam ser dispensados. Tá certo que o orçamento é limitado, mas a má gestão do futebol é o principal motivo pelo desequilíbrio financeiro dos clubes. O Goiás, por exemplo, contratou Jair Ventura quando Vagner Mancini vivia um grande momento no comando técnico do time, ou seja, não precisava trocar. 

Trouxe Jair Ventura que não deu certo e para dispensá-lo teve que parcelar a multa rescisória em infinitas parcelas. Esse dinheiro poderia estar sendo investido em boas contratações. O mesmo aconteceu com o atacante Vinícius, que atualmente joga no Náutico. O jogador não estava sendo utilizado, mas tinha um contrato longo com o Goiás, para se ver livre dessa despesa, rescindiu seu contrato pagando verbas rescisórias, que poderiam ser evitadas. 

Shaylon, Nícolas e Carlos Eduardo

Esses três jogadores estiveram no radar do Goiás, mas nenhum deve ser contratado. Motivo? Falta de grana. O Goiás teria procurado o presidente Adson Batista propondo a troca de Shaylon pelo lateral Willean Lepo. Não deu negócio. O centroavante Nícolas, atualmente no Paysandu, teve seu nome lembrado nos bastidores da Serrinha, mas o interesse foi desmentido pela diretoria. A torcida não apoia o retorno do “Cavani do Cerrado”. O veterano Carlos Eduardo também foi oferecido ao Goiás. Cria das divisões de base do Goiás, o atacante viria por um salário de R$ 600 mil, mas o Goiás nem levou a conversa adiante. Totalmente fora da média salarial do Goiás. E cá entre nós, não vale tudo isso.

Mancini quer ver os “dispensáveis”

O técnico Vagner Mancini, que assumiu o comando do Goiás esta semana, pediu e a diretoria atendeu, um tempo para ver e analisar todos os jogadores do elenco, para depois elaborar a lista de dispensas e pedir a contratação de novos jogadores. Com isso, Willean Lepo, Douglas Teixeira, Rodrigo Andrade, Regis, Artur Kaike, Zé Hugo,  Facundo Barceló e  Herculano ganham tempo para mostrar se possuem qualidades para continuar no clube ou se devem procurar outro lugar para trabalhar. Penso que vai perder tempo. Todos já tiveram inúmeras oportunidades e não jogaram. A série B está começando, o Goiás, assim como Atlético e Vila, precisam reforçar seus times com urgência e com qualidade. O tempo é curto.

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