Skip to content

O vice de Daniel e o jogo que já começou

Com a pré-campanha presidencial de Ronaldo Caiado em andamento, articulações na base aliada aceleram a disputa por espaço na chapa ao governo de Goiás em 2026.


Domingos Ketelbey Por Domingos Ketelbey em 13/04/2025 - 06:00

Vice-governador Daniel Vilela (MDB)

O vice-governador Daniel Vilela (MDB) afirma à coluna que ainda é cedo para tratar sobre o perfil de seu vice na disputa pelo governo estadual em 2026. Mas no subsolo da política goiana, os movimentos já começaram. A antecipação da pré-campanha de Ronaldo Caiado à Presidência da República forçou o relógio interno da base aliada e, com ela, a disputa silenciosa pelos espaços, como o segundo nome da chapa majoritária, também.

Entre os bastidores mais ruidosos, ressurge o nome de José Mário Schreiner (MDB), ex-deputado federal e presidente da Faeg. Oficialmente, ele diz que está “off”, dedicado à vice-presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), mas reconheceu em entrevista recente ao O Popular, que seu nome “está rodando”.

Seu perfil se encaixa em mais de uma lógica: pode ser o elo para reaproximar o agronegócio — setor ainda insatisfeito com a taxa do Fundeinfra — e também uma ponte com o eleitorado conservador, ponto onde Daniel, ao contrário de Caiado, nunca fincou raízes profundas. Contudo, dizem fontes que José Mário quer mesmo é chegar à presidência da CNA. A conferir.Outro nome citado é o do secretário Adriano da Rocha Lima, um dos homens de confiança do governador desde 2017. Embora negue interesse e diga que pretende retornar à iniciativa privada, sua presença na roda reforça a possível digital de Caiado na composição.

O presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto (UB), também entrou no radar. Seu poder de articulação, que atravessa deputados, prefeitos e lideranças no interior, tem chamado atenção nos bastidores. A influência é tamanha que há quem duvide da real intenção de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, como ele tem repetido publicamente. Embora tenha sido citado como potencial nome para vice, Bruno reforça à coluna: seu projeto, pelo menos por ora, é mesmo ir para Brasília.

Escolher um vice não é apenas montar uma chapa, é também sinalizar alianças, continuidade e, às vezes, até freios. A região do entorno do DF, com forte densidade eleitoral, também pressiona por espaço. Lideranças locais apontam para nomes como o deputado federal Célio Silveira, Diego Sorgatto (UB), Lucas Antonietti (MDB), Carlinhos do Mangão (PL), Pábio Mossoró, além da deputada estadual Dra. Zeli (União Brasil).

No Sudoeste, o ex-prefeito Paulo do Vale (MDB) aparece como alternativa com perfil semelhante ao de Schreiner, inclusive com quem travou, recentemente, uma disputa velada pelo protagonismo da região. Daniel, por ora, evita assumir compromissos ou perfis. Mas a dança das cadeiras já começou. E como em todo jogo antecipado, quem se movimenta antes, larga na frente.

PRIMEIRO TURNO: Nas contas do presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), Bruno Peixoto, o vice-governador Daniel Vilela (MDB), já na condição de governador de Goiás, terá aproximadamente 16 partidos em uma ampla coligação. Se isso acontecer, a tendência é a vitória em primeiro turno, avalia o deputado estadual. “Ainda é cedo para dizer, mas a oposição se dividirá entre Marconi e o PT”, destacou à coluna.

Custo

A Prefeitura de Goiânia desembolsou R$ 241 mil para manter sua filiação à Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) em 2025. A despesa ocorreu na véspera em que o prefeito Sandro Mabel (UB) assumiu a vice-presidência temática de Mobilidade Urbana da entidade, durante reunião em Brasília.

Pomposo

Aliados do prefeito tentaram emplacar a narrativa de que o cargo é importante e um indicativo de que Goiânia entrou na vanguarda da mobilidade urbana.

Mas nem tanto

Apesar da relevância da posição, a vice-presidência não é bem uma novidade para Goiânia. O ex-prefeito Rogério Cruz (SD) também esteve na mesma função enquanto chefe do executivo.

Instabilidades

Os 100 dias de Mabel à frente da prefeitura esboçaram que, apesar de numerosa, sua base de sustentação na Câmara dos Vereadores ainda é instável.

Fissuras

Vozes importantes do MDB, um dos primeiros partidos que declarou apoio a Mabel na corrida eleitoral, como o vereador Lucas Vergílio, têm direcionado críticas contundentes à atual administração. Rose Cruvinel, do UB, legenda do prefeito, também não parece satisfeita.

Na bronca

Mãe do deputado estadual Virmondes Cruvinel, Rose reclamou da demora em Mabel atender vereadores e disse que o prefeito só resolve problemas quando estes são mostrados em jornais. Citou uma reportagem do “vereador da TV Anhanguera” e emendou: “Aqui parece que vereador não vale nada”.

Base acelerada
Líder do prefeito Sandro Mabel na Câmara, Igor Franco (MDB) avalia à coluna que os primeiros 100 dias da gestão foram de avanços “em diversas áreas”. Citou ampliação de vagas em CMEIs, atendimento pediátrico 24 horas, obras de infraestrutura e revisão de contratos. “Sandro está acelerando”, resumiu. 

Ressalvas
O líder também garantiu que a base aliada permanece firme, com 27 votos. As críticas de vereadores aliados são normais, contudo, Igor explica que Vergílio nunca esteve na base. “Já Rose está e permanecerá”, salientou.

Com a palavra, a oposição
Uma das poucas vozes da oposição na Câmara, a vereadora Kátia Maria (PT) não poupa críticas à nova gestão. “É mais do mesmo. Um governo que continua com os mesmos problemas, os mesmos nomes e a mesma falta de compromisso com a população”.

Nacionalização municipal

A Câmara dos Vereadores de Aparecida aprovou moção de apoio aos projetos de anistia para manifestantes presos por participarem nos atos do 8 de janeiro de 2023.

Justificativa

“A proposta de anistia não significa impunidade, mas sim um passo essencial para a pacificação social e política do país. O que estamos defendendo é a verdadeira justiça, aquela que se baseia na proporcionalidade e na preservação dos direitos humanos”, destacou Dieyme Vasconcelos, autor do requerimento.

PIB presidencial

O setor produtivo marcou forte presença no lançamento da pré-candidatura do governador Ronaldo Caiado, no último dia 4. Presidente da Fecomércio-GO, Marcelo Baiocchi, da Acieg-GO, Rubens Filleti, do Sistema OCB, Luis Alberto Pereira, e do CRC-GO, Sucena Hummel, fizeram questão de mostrar apoio ao gestor. E frisam que as despesas foram custeadas do próprio bolso.

Vanderlan no jogo

O senador Vanderlan Cardoso (PSD) e o deputado federal José Nelto (UB) deram o pontapé inicial – e oficial – para as articulações políticas para 2026, ao promoverem um jantar numa churrascaria, no último dia 5 de abril, em Goiânia. 

Apoio garantido

Como repercutido pela Tribuna do Planalto, José Nelto afiançou apoio a Vanderlan e garantiu apoio de quase 60 prefeitos que fazem parte da sua base. Contudo, apenas 34 gestores estiveram presentes no evento. 

Aquém do esperado

Vanderlan tinha a confirmação prévia de 48 prefeitos. Na lista a que a Tribuna teve acesso, outros sete ainda estavam “a confirmar”. Um deles era Velomar Rios, filiado ao MDB e chefe do executivo de Catalão, que não marcou presença. 

Planos para a ex-vice

À coluna, Vanderlan destacou que está planejando a chapa de deputados estaduais e federais do PSD para o ano que vem. E afirmou ter planos para a presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC-GO), Sucena Hummel, sua vice nas eleições do ano passado. “Vou ter uma conversa com ela para ver o que ela pensa sobre o futuro”, destacou.

Fazendo as contas

Apesar de estar atrás nas pesquisas de intenção de voto, o núcleo de Vanderlan acredita que o cenário fica aberto caso o deputado federal Gustavo Gayer (PL), que atualmente lidera a corrida eleitoral, for cassado. Há processos contra o liberal. O que está mais adiantado, inclusive, tem o próprio Cardoso como autor. 

1 - Crise

Após atritos com o setor de bares e restaurantes, Mabel agora se vê de novo em crise

2 - com

Dessa vez é com camelôs e ambulantes da região da 44

3 - ambulantes

Que têm endurecido o tom e feito inúmeros protestos contra a atual gestão
Pesquisa