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Pesquisa da USP estuda interação entre macacos-prego e humanos no Parque Areião, em Goiânia


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 20/04/2025 - 17:00

Macaquinhos no Parque Areião (Foto: Divulgação)

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), estão em Goiânia para investigar como as interações com humanos afetam o desenvolvimento dos macacos-prego que vivem no Parque Areião Washington Novaes. A primeira etapa da pesquisa, de caráter observacional, segue até agosto deste ano.

Coordenado pela professora doutora Patrícia Izar, o estudo faz parte de um projeto maior que abrange outros oito parques no Brasil e analisa os efeitos positivos e negativos dessas interações sobre a plasticidade fenotípica – conceito que envolve o desenvolvimento e comportamento dos animais ao longo da vida.

Em Goiânia, a coleta de dados é realizada pelo pós-doutorando Tulio Costa Lousa e pelo mestre Rodrigo Mariano. Segundo Tulio, comportamentos como alimentar os macacos e passear com cães soltos podem representar riscos tanto para os animais quanto para os frequentadores. “Desde o início do estudo, já registramos dois casos de macacos mortos por cães, além de ataques de primatas a cães de pequeno porte”, relata.

A pesquisa será complementada por questionários aplicados aos visitantes do parque, e os dados obtidos devem embasar políticas públicas voltadas à preservação da fauna urbana. Os resultados também serão divulgados por meio de artigos científicos e ações educativas.

A presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), Zilma Peixoto, destacou a importância da parceria. “Este trabalho certamente vai orientar futuras ações da Amma. Já temos equipe de educação ambiental atuando no Parque Areião, e planejamos destinar um espaço na Vila Ambiental para aprofundar a abordagem sobre os macacos-prego”, afirmou.

Pedro Baima, gerente de Formulação de Educação, Política e Pesquisas Ambientais da agência, informou que a expectativa é usar os dados para criar um centro de estudos sobre os primatas no parque. “Além de ajudarem no equilíbrio ecológico, são importantes dispersores de sementes. Alimentá-los de forma inadequada interfere diretamente nesse ciclo”, explicou.

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