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Siamesa separada está em protocolo de morte encefálica

A confirmação do óbito só poderá ser feita após o encerramento do protocolo, por volta das 13 horas de hoje, com a realização de todos os exames


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 19/05/2025 - 11:50

As gêmeas siamesas Kiraz e Aruna antes da cirurgia de separação

O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) informou nesta segunda-feira (19) que está em andamento o protocolo de morte encefálica da paciente Kiraz, de 1 ano e seis meses, uma das gêmeas siamesas separadas no último dia 10 de maio.

A confirmação do óbito só poderá ser feita após o encerramento do protocolo, por volta das 13 horas de hoje, com a realização de todos os exames clínicos e complementares necessários, conforme prevê a legislação vigente.

A cirurgia de separação das gêmeas siamesas Kiraz e Aruna foi considerada a mais complexa da história do estado de Goiás. Ela foi realizada no último dia 10, no Hecad, em Goiânia. O 23º procedimento realizado pelo cirurgião pediátrico Dr. Zacharias Calil durou quase 20 horas e contou com a atuação direta de cerca de 50 profissionais, além do uso de equipamentos de alta tecnologia.

Classificadas como gêmeas esquiópagas triplas, as irmãs eram unidas pelo osso ísquio, com três pernas e múltiplos órgãos compartilhados, incluindo tórax, abdômen, fígado, intestino e bexiga. A cirurgia foi cuidadosamente planejada e dividida em sete etapas. O procedimento foi concluído com sucesso às 4h20 da manhã de domingo (11/05), quase 20 horas após o início. Após um breve período na sala de recuperação pós-anestésica, as pacientes foram encaminhadas à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permanecem sob monitoramento contínuo.

Eliza Vitória e Yasmin Vitória
Desde o dia 24 de abril, o Hecad passou a acompanhar mais um caso de gêmeas siamesas: Eliza Vitória e Yasmin Vitória. As irmãs completaram 30 dias de vida na última sexta-feira (9/5) e seguem internadas na UTI do hospital para acompanhamento intensivo da equipe médica e de enfermagem.

O planejamento inicial previa a separação apenas após os três meses de vida, quando as meninas teriam ganho mais peso, força e imunidade. No entanto, a decisão pela antecipação se deu após avaliação médica indicar que o comprometimento respiratório de uma das gêmeas estava sobrecarregando o coração da outra, o que poderia evoluir rapidamente para riscos à vida. Para evitar essas complicações, o médico optou por já realizar a cirurgia, priorizando a segurança e a sobrevida das crianças.

Histórico
Desde 2000, Goiânia se tornou referência nacional e internacional em cirurgias de separação de gêmeos siameses, graças ao trabalho desenvolvido no Hecad. Ao todo, foram 24 procedimentos realizados, muitos deles conduzidos pela equipe liderada pelo Dr. Zacharias Calil.

 

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