A urologia do HMAP marcou presença no Congresso Europeu de Urologia, em Madri, com um estudo abrangente sobre câncer de pênis no Brasil. O levantamento reuniu dados de 14.446 pacientes atendidos pelo SUS e revelou a forte ligação entre a doença e o HPV, além de fatores como baixa escolaridade e ocupações manuais. Desde já, o trabalho posiciona o hospital de Aparecida de Goiânia como referência internacional na área.
Além disso, a pesquisa mostrou que 50% dos pacientes não tinham concluído o ensino básico e 30% eram fumantes. A falta de higiene adequada, especialmente entre trabalhadores manuais, aparece como fator decisivo. Então, a análise conduzida pelo médico Antônio Flávio, coordenador da urologia do HMAP, abre espaço para ações de prevenção, vacinação e diagnóstico precoce.
Para o especialista, os dados são valiosos para orientar políticas públicas locais. “Podemos desenvolver campanhas mais eficazes, adaptadas à realidade dos nossos pacientes”, afirmou. Acima de tudo, o foco é evitar casos avançados que, em muitos casos, resultam em amputações. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 5,6 mil brasileiros passaram por esse procedimento entre 2013 e 2022.
A visibilidade do estudo fortalece o papel do hospital como polo de ciência e inovação. Para Mayler Olombrada, gerente de Ensino e Pesquisa do Einstein, a urologia do HMAP demonstra capacidade de transformar dados em soluções reais para a população. “Ganhamos reconhecimento internacional e aumentamos o potencial de atrair investimentos e profissionais de excelência”, afirmou.
Ativo desde 2022, o serviço de urologia do hospital cresceu de forma expressiva. Em 2024, o HMAP realizou 807 procedimentos na área, um aumento de 23% em relação ao ano anterior. O ambulatório estruturado realiza mais de 400 consultas mensais, com foco em cirurgias minimamente invasivas e tratamentos oncológicos, ampliando o acesso da população ao cuidado especializado.