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Presidente do Sintego defende eleições diretas para diretores escolares na rede estadual

Bia de Lima alerta para risco de fim das eleições diretas nas escolas estaduais


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 21/06/2025 - 08:48

Deputada Bia de Lima afirma que o Sintego atuará para garantir eleições diretas nas escolas (Foto: Divulgação)

Durante pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás, na última quarta-feira (18), a deputada estadual e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima (PT), defendeu a manutenção das eleições diretas para diretores escolares na rede estadual de ensino. A fala ocorreu no Pequeno Expediente da sessão ordinária e foi marcada por críticas a possíveis alterações que reduzam a participação da comunidade escolar na escolha de seus gestores.

“Venho aqui para falar sobre a gestão democrática nas escolas estaduais. Lutas importantes temos travado para valorizar os profissionais da educação neste estado. No entanto, na contramão de tudo o que fizemos e estamos fazendo, muitos já me perguntam se Goiás deixará de ter eleições para diretores de escola”, afirmou a parlamentar.

Bia reforçou que a eleição direta para a direção das escolas públicas é respaldada pela Constituição Federal, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e pelo Plano Estadual de Educação. “Fundamentação não falta”, destacou.

Ela também afirmou que sua posição é institucional e representa o posicionamento do Sintego diante do cenário. “Ocupar esta tribuna hoje é também um gesto como presidente do Sintego. O sindicato não abrirá mão da defesa do princípio da gestão democrática nas escolas. Afinal, esse é o espaço onde primeiro aprendemos a exercer a democracia”, declarou.

Goiânia reduziu participação

A manifestação da deputada ocorre após aprovação, pela Câmara Municipal de Goiânia, de um projeto de lei que altera o processo de escolha dos diretores da rede municipal. Com a nova legislação, que ainda aguarda sanção do prefeito Sandro Mabel (UB), os diretores deixam de ser eleitos pela comunidade escolar e passam a ser selecionados com base em critérios de desempenho e metas.

A proposta gerou críticas da oposição. Vereadores como Fabrício Rosa (PT), Edward (PT), Kátia Maria (PT) e Aava Santiago (PSDB) acusam o Executivo municipal de comprometer a autonomia das escolas e abrir espaço para perseguições políticas a profissionais da educação.

Para Kátia Maria, a mudança representa “a destruição da gestão democrática nas escolas”. Aava Santiago também criticou os critérios por desempenho anual: “Eu desafio um vereador a dizer que cumpriu tudo que prometeu em um ano. Como cobrar isso de um diretor escolar que depende da secretaria até para mandar uniforme?”, questionou.

Além disso, a proposta aprovada inclui a revogação de uma lei municipal de 2008 sobre parcerias com entidades do terceiro setor, flexibilizando os critérios para convênios com organizações da sociedade civil.

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