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A tensão da hora do lanche


Avatar Por Redação em 31/08/2021 - 00:00

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Por Maísa Lima

Com o retorno das aulas presenciais, a hora do lanche passou a ser um momento de tensão nas escolas. É quando as crianças tiram as máscaras e a ameaça de contágio da Covid 19 fica mais próxima. Em Goiânia, pelo menos um estabelecimento de ensino já foi denunciado por permitir aglomeração de alunos nesse momento.

A denúncia foi feita por uma professora da rede privada junto ao Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro). “Notificamos a escola e também o Serviço de Vigilância Sanitária e Ambiental de Goiânia”, informa Jônata Neves de Campos, responsável pelo Departa­mento Jurídico da entidade.

O caso de Goiânia é similar ao que aconteceu em Campo Grande (MS). Lá, houve denúncia de pais de alunos e uma escola particular quando circulou nas redes sociais uma foto com estudantes do 4º ano lanchando juntos, sem o distanciamento recomendado pelas autoridades sanitárias.

Protocolos

O uso de máscara é uma das principais recomendações do Ministério da Saúde, mas obviamente não há como usá-la na hora das refeições. Para proporcionar um ambiente seguro para os alunos na hora do lanche, os cuidados com o distanciamento social devem ser redobrados. Se a escola optar por manter a cantina e o refeitório abertos precisa colocar marcações sinalizando a distância mínima que um estudante deve ficar do outro.

Sinalização também nos assentos do refeitório, mostrando quais deles não devem ser utilizados, para que, assim, haja distanciamento no momento em que os alunos tiram as máscaras.

“Em nossas escolas, a hora do lanche é alternada entre as turmas do colégio.” / Foto: Altair Tavares

“Em nossas escolas a hora do lanche é alternada entre as turmas do colégio. Elas certamente já estarão em número reduzido em sala de aula devido ao ensino híbrido”, assinala o presidente do Sindicato dos Estabele­cimentos Particulares de Ensino de Goiânia (Sepe), Flávio Roberto de Castro.

Em algumas escolas, a hora do lanche é totalmente dentro da sala de aula. Se os alimentos forem trazidos de casa pelos alunos, outros cuidados são exigidos, como detalha Flávio: “Os alimentos devem vir em embalagem descartável e não podem ser perecíveis”.

Goiânia conta com cerca de 500 escolas de educação infantil e, destas, 62% pertencem à rede privada. “A primeira semana de agosto foi mais complicada, tivemos alguns casos de Covid 19 nas escolas. Mas na semana passada já não tivemos nenhum registro”, comemora.

No manual adotado pelas escolas, além de informações sobre como se dá a contaminação, há dicas com medidas de distanciamento e higienização e orientações para os cuidados com a máscara, que devem ser trocadas após os lanches.

É fundamental a higienização de mesas e cadeiras a cada turno, com o uso de álcool 70%. Antes de comer, detalhes importantes de­vem ser observados, como a lavagem das mãos com água e sabão. Às crianças é pedido que evitem falar, rir ou tossir quando estiverem sem a máscara.

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