O povo lhe da apoio, mandatos, poder até fora do poder, e eleição mesmo sem você ter razão. Mas tira tudo, também. Contrariado, o povo reage, revolta-se e, as vezes, se vinga. Abusar do poder é uma coisa; abusar do povo é ostracismo ou caixão.
Políticos que acreditam no personagem não se reconhecem no espelho. Bem avaliados, pensam que o poder sobre o povo é eterno, intransferível e inquebrável. São os donos de tudo e todos. São senhores de uma unção divina, estão acima da humana idolatria popular.
Não entendem que levam nos ombros a confiança, o voto de humanidade. Que não têm o povo, apenas o espaldo. Que arrogância não é trono, e que humildade afina o fio de bigode. Que carisma é amor recíproco e respeito mútuo, por isso dura. O resto é fogo, mas fátuo.
Quem tem o povo é caminha contra a vontade do povo tem como destino o abismo. Não chega às urnas. Não teste. Gente. Não brinque com a gente. Não se veja maior do que a gente, porque é a gente que te faz do tamanho que você está. Você só é o que a gente quer.
Principalmente: não brigue com o povo. Entenda. iris Rezende, depois de duas derrotas, uma para o governo (1998) e outra para o Senado (2002), não culpou o povo, não reclamou do povo. Voltou para a Prefeitura de Goiânia em 2003 nos braços do povo.
Povo é coisa séria. Bagunça pra você ver.