O governador Ronaldo Caiado tem se desdobrado no exercício de dois papéis em sua trajetória política atual. De olho na viabilização da sonhada segunda candidatura à Presidência da República (a primeira foi em 1989, logo após a redemocratização do país), ele faz duros ataques à Reforma Tributária e já elegeu um alvo para fortalecer seu discurso: a segurança pública e a premissa de que “bandido ou muda de profissão ou vai embora de Goiás”.
Ooutro papel é o do administrador, eleito em primeiro turno para o segundo mandato. Mandato este que também está alinhado ao outro papel, na medida em que os resultados que obtiver e divulgar nacionalmente devem fortalecer suas aspirações. O gestor adota uma postura mais conciliadora e sabe da importância de ter boa relação política e administrativa com o governo federal, ainda que tenha divergências ideológicas e políticas com o presidente Lula e o PT.
Prova dessa postura equilibrada foi dada na quinta-feira, 21, com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que esteve em Goiânia para o lançamento do novo PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal. Caiado enalteceu a parceria com o governo federal, definindo-a como fundamental. O governador ainda definiu os recursos destinados pela União, por meio do PAC, como “grandes investimentos” e agradeceu pela inclusão dos projetos apresentados pelo governo de Goiás.
A pouco menos de um ano das eleições municipais, a postura deve ser cada vez mais conciliatória nas tratativas internas. E de enaltecer as realizações em âmbito nacional.