Despedida Melancólica

Nada menos que onze jogadores não viajarão com a delegação do Vila Nova para a última partida da série B contra o Paysandu em Belém do Pará no próximo final de semana. Seis deles estão no Departamento Médico e outros cinco foram suspensos em função dos cartões recebidos na partida contra o Ituano. O técnico Thiago Carvalho, que fará sua despedida em sua breve passagem no comando do colorado, terá que buscar na equipe sub-20 jogadores para compor a equipe titular e o banco de reservas no jogo em Belém.

A pergunta que fica é, esses jogadores no Departamento Médico estão mesmo impedidos de jogar ou não querem fazer a cansativa viagem para o norte do País? E os que receberam terceiro cartão amarelo, forçaram a barra para receber cartão ou foram lances normais de jogo? Apodi recebeu cartão estando no banco de reservas. Foi de propósito para não viajar?

Além de Apodi, estão suspensos o lateral esquerdo Ruhan, o zagueiro Jemmes, além dos atacantes Junior Todinho e Henrique Almeida. No Departamento Médico estão os laterais Elias e Erick Davis, os meias Cristiano e Igor Henrique, além dos atacantes Alesson e Emerson Urso. Alesson saiu se queixando de dores na coxa, mas teria comentado com alguém nos bastidores que não estaria disposto a viajar para Belém. Esses cartões e as contusões foram propositais para não viajar? Não podemos afirmar, são apenas questionamentos…

Foi nesse cenário de fim de festa que o técnico Thiago Carvalho aceitou assumir o comando do Vila Nova. Para ele e sua comissão técnica, pode ter sido uma boa oportunidade para furar a bolha da série B, uma vez que até então haviam treinado apenas equipes das série D e C, no entanto, terão que assumir os desgastes de ter comandado um elenco em fim de temporada com todos os vícios e desmotivação de um time que mais uma vez fracassou na reta final da série B.

A lição serve não só para o Vila, mas para os demais clubes da capital, que já estão formando as equipes para a próxima temporada. Além de bons jogadores, os dirigentes precisam analisar com muito cuidado o caráter e o profissionalismo de cada atleta. Jogadores com idade acima dos 35 anos exigem maior atenção. O volante Juninho, que o Goiás contratou junto ao América Mineiro, aos 37 anos é um atleta exemplar, um dos melhores condicionamentos físicos do time de Belo Horizonte. Já o badalado Thiago Galhardo, o jogador mais caro do elenco, não se condicionou fisicamente por isso não entregou o resultado esperado, nem em campo, muito menos fora dele. Idade não é o problema, mas o caráter e o profissionalismo sim!