A medula óssea desempenha um papel vital na produção de células sanguíneas, que transportam oxigênio e defendem o organismo. Para muitos pacientes com doenças graves, como leucemia, a doação de medula óssea é a única esperança de cura. No entanto, muitas dúvidas sobre o processo ainda impedem que mais pessoas se tornem doadoras.
Para esclarecer esse tema, a médica Raquel Coutinho, do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin), explica que se cadastrar como doador é simples. “É necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde e não ter doenças infecciosas. Basta procurar o hemocentro para realizar o cadastro, onde coletamos uma pequena amostra de sangue”, afirma. Após o cadastro, se houver compatibilidade com um paciente, é agendada a coleta do material.
Ao contrário do que muitos pensam, a coleta é rápida e indolor. Segundo a Dra. Raquel, existem dois métodos: a coleta por aférese, semelhante à doação de sangue, e a punção com agulha. Ambos os procedimentos são simples e permitem que o doador retorne rapidamente às suas atividades normais.
Acima de tudo, a doação de medula óssea no Brasil é fundamental. Embora o país tenha o terceiro maior banco de doadores do mundo, cerca de 850 pacientes ainda aguardam um doador compatível. De acordo com o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), mais de 4 milhões de pessoas se cadastraram. Para se cadastrar, procure o Hemocentro Estadual Coordenador Prof. Nion Albernaz (Hemogo) em Goiânia, que atende de segunda a sexta-feira. “A doação é essencial e pode salvar muitas vidas. Convido todos a se juntarem a essa corrente do bem”, conclui a médica.