O Governo de Goiás começou 2025 com resultados positivos na área fiscal. De janeiro a abril, o Estado registrou um aumento de quase 10% na arrecadação e ampliou os investimentos públicos em mais de 140%, mesmo mantendo o controle das despesas. Os dados estão nos relatórios oficiais divulgados neste mês.
A arrecadação total no primeiro quadrimestre chegou a R$ 15,39 bilhões, com destaque para o ICMS, principal imposto estadual, que arrecadou R$ 5,54 bilhões – alta de 4,56%. Os setores que mais impulsionaram esse crescimento foram a agropecuária, a extração mineral e a energia elétrica. Outros tributos, como o IPVA, também cresceram: a arrecadação do imposto sobre veículos subiu 12,83% em relação ao mesmo período de 2024.
Programas estaduais como o Protege e o Fundeinfra também arrecadaram mais, puxados pela recuperação do setor agrícola, especialmente da produção de soja.
Investimentos em alta
Com as contas equilibradas, o Estado conseguiu reforçar os investimentos em áreas estratégicas. No total, foram aplicados R$ 849 milhões em obras e serviços no quadrimestre, um salto de mais de 140% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Na saúde, os gastos superaram o mínimo constitucional, com R$ 1,69 bilhão investido – 15,23% da receita de impostos, acima dos 12% exigidos. Na educação, o governo já empenhou R$ 3,41 bilhões, o que indica que a meta constitucional da área será cumprida até o fim do ano.
Medidas para fortalecer as finanças
O governo também tomou decisões importantes para garantir a saúde financeira do Estado a médio e longo prazo. Entre elas, estão o pagamento antecipado de R$ 748 milhões em precatórios ao Tribunal de Justiça e a recomposição de um fundo de reserva dos depósitos judiciais, no valor de R$ 740 milhões.
Essas ações, embora representem gastos extraordinários de cerca de R$ 1,5 bilhão, foram planejadas e impactaram temporariamente o resultado fiscal do quadrimestre, que ficou negativo: o déficit orçamentário foi de R$ 606 milhões e o déficit primário, de R$ 1,1 bilhão.
Segundo o governo, esses números não indicam desequilíbrio, mas sim um esforço de organização das contas públicas para garantir mais segurança e capacidade de investimento no futuro.