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Mutirama segue fechado e vereadores cobram respostas e transparência da Prefeitura

Comissão da Câmara cobra explicações sobre atraso na reabertura do Mutirama; parque terá fim da gratuidade para maioria do público


Lucas de Godoi Por Lucas de Godoi em 03/07/2025 - 11:06

Nas férias de julho de 2024, passaram pelo parque 100 mil pessoas, conforme a Prefeitura de Goiânia (Foto: Divulgação)

A inércia na reabertura do Parque Mutirama voltou a ser tema de cobrança na Câmara Municipal de Goiânia. Nesta quinta-feira (3), durante reunião da Comissão de Esportes e Lazer, o vereador Sanches da Federal (PP), presidente da comissão, pediu transparência e agilidade da Prefeitura sobre o andamento das obras e a retomada das atividades no parque, um dos principais espaços de lazer da capital.

Sanches relembrou que, desde o início do ano, a comissão já havia visitado o Mutirama e solicitado um plano de trabalho detalhado, com cronograma, orçamento e melhorias previstas. “Fizeram a promessa de reabrir o parque neste mês de julho, com uma grande festa para as crianças, mas até agora não recebemos nenhuma resposta clara”, disse o vereador.

Ele reforçou que o Mutirama é a única alternativa para as famílias mais simples, que dependem do parque para o lazer dos filhos, especialmente em períodos como as férias escolares. “Quem tem dinheiro vai para colônia de férias ou praia. Já a maioria das famílias da cidade conta com o Mutirama para um domingo divertido em família”, explicou.

Na mesma linha, o vereador Isaias Ribeiro (Republicanos) também lamentou a paralisação do parque. “Era um ponto de encontro, alegria e movimento. Na gestão passada (Rogério Cruz), inclusive, tivemos eventos importantes lá. Agora, está tudo parado, e isso é muito triste para as crianças e suas famílias”, afirmou.

Reabertura sem gratuidade

A Prefeitura de Goiânia havia prometido que a reabertura do Mutirama ocorreria em julho. Conforme afirmou à imprensa o consultor Flávio Rassi, da Secretaria Municipal de Gestão e Negócios e Parcerias (Segenp), as obras seriam divididas por etapas para garantir segurança e manutenção adequada dos brinquedos.

A gestão de Sandro Mabel (UB) já havia dito que iria acabar com a gratuidade para o público em geral, que vigorava desde 2019. Segundo informou a Prefeitura, a entrada passará a ser cobrada novamente, com valores estimados entre R$ 5 e R$ 10, mantendo a gratuidade apenas para famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

Segundo a Segenp, a cobrança tem o objetivo de ajudar no custeio e manutenção do parque. A secretaria também explicou que a empresa terceirizada que cuidava da manutenção não teve seu contrato renovado por não ter conseguido certificação, o que atrasou o cronograma.

Na época, Rassi afirmou não havia planos para privatização ou Parceria Público-Privada (PPP) no parque, mas está em estudo um modelo semelhante ao “naming rights” usado em estádios, com cessão dos direitos de uso da imagem dos brinquedos para empresas que queiram investir e garantir a manutenção.

A Prefeitura de Goiânia informou à Tribuna do Planalto que “avalia as alternativas legais para retomar o funcionamento do Mutirama o mais breve possível, com os brinquedos revisados e aptos para uso”. Segundo a nota, “O local está sem o laudo SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas), o que compromete a segurança”, complementa a Secretaria Municipal de Gestão de Negócios e Parcerias (Segenp).

https://tribunadoplanalto.com.br/mutirama-recebe-mais-de-100-mil-pessoas-durante-mes-de-julho/

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