Andréia Bahia
Para o prefeito de Anápolis e agora presidente do Republicanos, Roberto Naves, não eleger seu sucessor pode ser um fracasso. Em 2020, quando superou o petista Antônio Gomide, considerado invencível em Anápolis, Naves deixou de ser o empresário que virou político para se tornar uma liderança política local, e na presidência do Republicanos, regional.
As eleições de 2024 podem confirmar essa liderança; ou não. E seu principal desafio é Anápolis, onde Antônio Gomide novamente lidera as pesquisas de intenção de votos. Naves aposta em uma frente de direita e extrema-direita para vencer o petista,que envolve o PL e o UB. O candidato seria Major Vitor Hugo, ungido pelo próprio Jair Bolsonaro, mas que declinou do convite. A aliança forjada por Naves não tem nomes até o momento.
Do outro lado, a situação é inversa. O MDB, por exemplo, tem nome em ascensão, o do deputado federal Márcio Correa, e no momento o partido está em busca aliados; o PP poderia tirar da cartola o próprio presidente do partido, Alexandre Baldy, caso consiga angariar apoios importantes para a candidatura, mas pode também apoiar Correa. Ambos são políticos do mesmo campo ideológico de Naves e disputam a benção do governador Ronaldo Caiado.
A última aposta de Naves é o vice-prefeito, Márcio Cândido, do PSD. Considerando os prováveis adversários, Gomide, Correa e Baldy, o prefeito deve precisar de mais que a máquina administrativa para eleger seus sucessor e se consolidar como uma liderança política influente. 2024 pode ser decisivo para o futuro político do prefeito de Anápolis.