Nos últimos anos, o TikTok emergiu como uma das plataformas sociais mais populares entre os jovens, oferecendo uma variedade de conteúdos criativos e interativos. Em 2022, um estudo interno do Google revelou que 40% dos jovens já usavam o TikTok como ferramenta de busca. Este ano, levantamento feito pela Adobe aponta um número ainda maior: 64% da geração Z — nascidos entre 1995 e 2010 — já trocaram o Google pelo TikTok na hora de buscar algo.
Agora, a nova tendência da geração Z é usar o aplicativo para os estudos. A rede social chinesa se tornou uma plataforma para tirar dúvidas rápidas sobre disciplinas variadas e até disponibiliza resumos de livros cobrados em vestibular. Mas educadores alertam que o consumo destes conteúdos requer parcimônia, principalmente porque não substitui as explicações em sala de aula.
Impactos no ambiente escolar
O uso excessivo do TikTok preocupa educadores. O Colégio Integrado alerta seus alunos sobre os impactos negativos do aplicativo quando usado de forma inadequada durante o período escolar. A instituição reconhece o valor do TikTok como ferramenta de expressão e entretenimento, mas enfatiza que ele não deve substituir o ensino tradicional.
“O TikTok pode distrair os alunos e prejudicar o desenvolvimento acadêmico. É importante manter um equilíbrio saudável entre o uso das redes sociais e o foco nos estudos”, afirma Felipe Cavichiolo, diretor do Colégio Integrado.
Preparação para o Enem
Cavichiolo ressalta que o TikTok não é suficiente para a preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que exige conteúdos complexos e interdisciplinares não encontrados na rede social.
A escola oferece atividades alternativas nos intervalos, como esportes e áreas de leitura, para promover a socialização real. Em sala de aula, também aborda os riscos do uso descontrolado das redes sociais.
Pesquisas recentes indicam que o uso excessivo de redes sociais pode causar ansiedade, queda no rendimento escolar e dificuldades de concentração, além de expor os jovens a conteúdos inapropriados.