Claro que vale. Para os times da capital, esse tem sido o único título possível. No interior, ser campeão goiano é sempre um sonho, orgulho para qualquer cidade. Passadas as emoções do campeonato brasileiro, séries A e B, onde nenhum clube goiano alcançou seu objetivo, é hora das equipes planejarem a próxima temporada, iniciar as contratações para a formação de seus elencos e buscar o título do campeonato estadual.
Nas administrações de Paulo Rogério Pinheiro e seu primo Edmo Pinheiro, eles cometeram o grave erro de ignorar o campeonato goiano. Paulo Rogério em seus arroubos de arrogância, chegou a dizer que jogaria o Troféu de campeão goiano no lixo caso o Goiás conquistasse o campeonato. Ainda bem que não ganhou. Edmo Pinheiro também afirmou várias vezes que o Goiás não tinha interesse em ser campeão goiano. Com esse discurso insensato, abriu espaço para o Atlético ganhar três títulos seguidos e assumir a hegemonia do futebol goiano.
O título estadual é importante para os quatro times da capital e para os demais participantes, é lógico. O Goiânia foi campeão estadual pela última vez no longínquo ano de 1974. Precisa voltar a conquistar o título urgentemente. O Vila Nova levantou a taça pela última vez em 2005, portanto há vinte anos. Algo inadmissível para um clube de torcida tão expressiva no futebol goiano. O Goiás, como já foi citado, abriu mão de ser campeão goiano e há seis anos não ganha nada. Já o Atlético, se aproveitando das fragilidades dos demais, sagrou-se tricampeão goiano e agora sonha com o inédito tetra campeonato.
Não sabemos o que pensa a respeito desse tema os atuais mandatários do Goiás Esportes Clube. Vanderlan Alcântara, presidente do Conselho Deliberativo e Aroldo Guidão Filho, presidente do Conselho de Administração, certamente não comungam com o pensamento da família Pinheiro e devem estar trabalhando para montar desde já um elenco capaz de ser campeão goiano depois de seis anos. Ocorre que
Paulo Rogério Pinheiro anda dando pitacos nos bastidores do Goiás e já disse que pretende disputar a cadeira de Presidente do Conselho Deliberativo do alvi-verde. Aí mora o perigo. Vai que consegue e volta a desprezar o título de campeão goiano. Paulo Rogério não foi o bom presidente executivo que a imprensa gosta de afirmar. Em sua gestão, o Goiás só ganhou o desprezado título da Copa Verde, mas entregou o time na série B, onde ainda permanece.
Resta ao Vila quebrar o jejum de vinte anos sem conquistar o estadual e ao Atlético, manter a supremacia estadual, conquistando mais uma vez o campeonato goiano. Por essas e outras razões, o campeonato regional promete ser muito bom, bem disputado e que vença aquele que trabalhar melhor na montagem de seu time.