O técnico Jair Ventura não cansa de errar e o Goiás praticamente dá adeus ao título estadual mais uma vez. Esse ano, o time esmeraldino enfrentou seus principais adversários três vezes, duas das quais no estádio Hailé Pinheiro e perdeu as três. Em outros tempos, uma “tempestade” já teria varrido o Setor Serrinha, onde se encontra a sede do Goiás Esporte Clube. Digo em outros tempos porque nos dias atuais nada acontece. Como pode um time jogar cem minutos de futebol e não chutar uma bola sequer ao gol adversário? Esse é o Goiás Esporte Clube. Tá tudo normal perder tantas vezes para o Vila Nova e para o Atlético. Até a torcida do Goiás parece estar acostumada com essa vergonhosa situação, não há cobrança além do tímidos gritos da arquibancada.
São tantos erros, que vamos tentar enumerá-los: pelo segundo ano consecutivo, a diretoria do Goiás gasta fortunas em contratação de jogadores que nunca deveriam vestir a camisa esmeraldina; contrata técnicos menores que o clube e demora uma eternidade para demiti-los, mesmo sabendo que não conseguem fazer o time jogar. É o caso de Jair Ventura, que já fez uma boa campanha dirigindo o Goiás, mas dessa vez não deu certo e só a diretoria não vê. Edminho Pinheiro e Paulo Rogério Pinheiro mudaram o Estatuto do Goiás para não permitir que a oposição assumisse o poder. Extinguiram o cargo de presidente executivo e entregaram o comando da entidade nas mãos de estranhos. A partir daí, o Goiás caminha a passos largos na direção do desconhecido. E onde estão os tradicionais dirigentes esmeraldinos? Só nomes como Sérgio Rassi, Wagner Vilela, Raimundo Queiroz e outros verdadeiros esmeraldinos podem salvar o Goiás.

Ontem, a diretoria do Goiás deu mostras do tamanho de sua incompetência. Foi um péssimo anfitrião, se preocupou em agredir os dirigentes vilanovenses presentes no camarote com pequenas idiotices. Colocaram adesivos provocativos na vidraça do camarote destinado aos colorados e no placar eletrônico, não tinha a logomarca do Vila Nova, escreveram no lugar da marca do adversário a palavra “visitante”. Um desrespeito, para não dizer uma imbecilidade. Essas são as preocupações dos atuais dirigentes do Goiás. Enquanto isso, em campo o time continua apanhando de seus principais adversários. Um velho ditado popular diz que, “quem planta, colhe”. Imagine como serão recebidos os dirigentes esmeraldinos no jogo de volta no próximo final de semana. Certamente não será com bandas de música.
Tadeu perdeu seu primeiro pênalti, justamente contra o Vila Nova no estádio da Serrinha lotado. Esse negócio de goleiro ser o cobrador oficial de penalidades é uma temeridade. Deu certo com Rogério Ceni, mas na maioria dos casos nunca foi uma boa ideia. Goleiro joga e treina preocupado com as defesas realizadas com as mãos, enquanto isso, no campo de jogo tem outros dez jogadores em tese muito mais qualificados para a cobrança de faltas e pênaltis. É um dos reflexos da atual da falta de comando no Goiás.
Título entre Vila e Anápolis
No sábado, Atlético e Anápolis se enfrentaram no estádio Antônio Accioly e o jogo terminou empatado em dois a dois. Um bom jogo. O Anápolis perdeu a oportunidade de levar uma grande vantagem para o jogo de volta no Jonas Duarte. Vencia por dois a zero e cedeu o empate no segundo tempo. Pelo bom futebol apresentado, o tricolor anapolino aparece como favorito para uma das vagas na decisão do campeonato, juntamente com o Vila Nova que dificilmente perderá a outra vaga para o Goiás. Os resultados dos jogos de ida desta fase semifinal apontam para as classificações de Vila Nova e Anápolis na grande final do campeonato. O Atlético, ainda sem técnico, alterna bons e maus momentos dentro do jogo. Não dá para confiar, o tetracampeonato deve ficar para outra oportunidade.