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Especialista em finanças explica como consumidores podem proteger seu nome e crédito


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 14/03/2025 - 09:09

É essencial que dívidas sejam negociadas, alerta Uélicon Venâncio

Com a renda dos brasileiros cada vez mais apertada e insuficiente para as famílias, o número de inadimplentes no país chegou aos 69 milhões de pessoas, segundo dados do Indicador de Inadimplência, realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). A pesquisa mostra que quatro entre 10 brasileiros estão com o nome sujo, dificultando o acesso ao crédito e diminuindo ainda mais o poder de consumo, sem possibilidade para financiamento de imóveis, automóveis ou conseguir um cartão de crédito.

Além de inúmeras ligações de cobrança, ter o nome com registro negativo desgasta e prejudica quem precisa de crédito para ter acesso a produtos e serviços. O especialista em finanças e CEO do Grupo Renova Crédito, Uélicon Venâncio, explica que a legislação brasileira permite que o nome seja retirado dos órgãos de proteção ao crédito antes mesmo da renegociação das dívidas. “O SPC, Serasa e Boa Vista são empresas privadas pagas por bancos e comércio para expor o nome dos negativados sem autorização dos devedores. Da forma como fazem é uma exposição indevida, não permitida pela legislação brasileira. É possível retirar esse apontamento, mas a dívida não vai deixar de existir”, pontua.

Uélicon Venâncio orienta sobre como controlar as finanças

O especialista lembra ainda que é essencial que as dívidas sejam negociadas com os credores, e ressalta que após a retirada do apontamento nos órgãos de proteção ao crédito o devedor consegue fazer negociações mais vantajosas, com redução de multas e juros abusivos, já que não há mais uma penalidade com a restrição do nome. “Ter crédito é essencial para as pessoas que precisam equilibrar suas finanças, até mesmo para honrar suas dívidas. Inclusive, limpar o nome pode ajudar o devedor a arrumar um emprego melhor e, consequentemente, negociar esse saldo e pagar o que deve”, reforça.

Uélicon atua na área de recuperação de crédito há mais de oito anos e, somente em 2024, realizou mais de 30 mil atendimentos de negativados em busca da solução. O CEO lembra que é fundamental que as pessoas realizem os acordos dentro de suas possibilidades, para não comprometer suas receitas e cair novamente na inadimplência. “É fundamental que a pessoa tenha controle entre o que ganha e o que gasta, para fazer uma negociação dentro da sua realidade e consiga cumprir o acordo. Na dúvida, sempre procure um especialista para auxiliar”.

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