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Segundo exames, Bolsonaro deverá ser operado após apresentar piora

Ex-presidente será transferido para Brasília após piora em quadro de obstrução intestinal


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 12/04/2025 - 15:51

bolsonaro deve ser operado instagram
Bolsonaro fez várias postagens sobre a situação da sua saúde nas redes sociais. (Foto: Reprodução/Instagram)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser operado, passando por uma nova intervenção cirúrgica neste domingo (13) em Brasília. A decisão foi tomada após exames apontarem agravamento em seu quadro de obstrução intestinal, sequela persistente do atentado sofrido durante a campanha eleitoral de 2018. As informações, divulgadas pela Folha de S.Paulo, ainda dão conta de que os pontos de interrupção no trânsito intestinal se tornaram mais severos, aumentando o risco de complicações.

O próprio Bolsonaro classificou em redes sociais este como “o quadro mais grave desde a facada”. No entanto, seu médico Claudio Birolini evitou o termo “piora”, afirmando que o estado geral do paciente permanece estável e que a cirurgia ainda não estava confirmada até a tarde deste sábado (12).

Internado desde sexta-feira (11) em Natal, onde participava de evento político, Bolsonaro será transferido para a capital federal em UTI aérea por decisão de sua esposa, Michelle Bolsonaro. A previsão era de chegada ao Hospital DF Star às 22h15 deste sábado. A primeira-dama teria vetado a transferência para São Paulo, alternativa defendida por aliados e mencionada como possibilidade pelo próprio ex-presidente.

Em vídeo gravado no leito hospitalar, Bolsonaro afirmou: “Em Brasília ou em São Paulo, após minha transferência, provavelmente passarei por uma nova cirurgia”. O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) já antecipara a necessidade do procedimento, lembrando que esta seria a sexta intervenção abdominal desde o atentado.

O episódio ocorre em momento sensível para o ex-presidente, réu no STF por suposta participação nos atos de 8 de janeiro de 2023. Durante o evento no Rio Grande do Norte, Bolsonaro defendia anistia aos envolvidos nos protestos, medida que também o beneficiaria. A equipe médica que acompanhará o caso em Brasília será chefiada pelo dr. Birolini, especialista em reconstrução abdominal do HC-USP, substituindo o até então responsável pelo tratamento, Antonio Luiz Macedo. Exames complementares devem confirmar a necessidade cirúrgica, embora assessores próximos já deem a operação como certa.

Em suas redes sociais, Bolsonaro pediu orações e afirmou: “Até os médicos se surpreenderam” com a gravidade deste episódio. Enquanto isso, aliados como o senador Rogério Marinho (PL-RN) mantiveram discurso otimista, destacando que o ex-presidente segue “lúcido e estável”.

A situação reacende discussões sobre as consequências de longo prazo do atentado de 2018, quando o então candidato foi esfaqueado durante comício em Juiz de Fora (MG). As complicações intestinais têm se mostrado persistentes, exigindo intervenções médicas periódicas que continuam a impactar sua rotina política.

A Folha de S.Paulo acompanha o desenrolar do caso, com atualizações esperadas após a conclusão dos exames em Brasília e decisão final da equipe médica sobre a necessidade de intervenção cirúrgica imediata.

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