Sair para almoçar ou jantar fora de casa ficou mais “salgado” para o bolso dos brasileiros, visto que o valor das refeições aumentou quase 15% em 2023, segundo um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), em agosto deste ano.
O estudo apurou a variação de preços em mais de 4.500 estabelecimentos de 51 cidades do território nacional, considerando quatro tipos de refeições e seus respectivos índices de aumento: self-service (20% de alta), à la carte (24%), comercial (12%) e executivo (1%).
Em média, as pessoas estão gastando cerca de R$ 34 por uma refeição popular (prato comercial), e até R$ 80,48 em um serviço à la carte – totalizando uma diferença de aproximadamente 150%.
Além disso, uma refeição completa – composta por prato principal, bebida, sobremesa e café – passou de R$ 40 em 2022 para R$ 46,60 em 2023, de acordo com pesquisa da Alelo, conduzida pela Mosaiclab.
Partindo do pressuposto de que o salário médio do trabalhador brasileiro é de R$ 2.921, segundo dados do IBGE, esse custo equivale a 1/3 da remuneração mensal.
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O aumento do custo das refeições em cada região do país
A pesquisa ainda traz um mapeamento mais preciso sobre a alimentação em cada região do Brasil. Em todas elas, o valor médio foi superior a R$ 41, mas o ranking se deu pela ordem:
1°- Região Sudeste: R$ 49,33
2°- Região Nordeste: R$ 43,55
3°- Região Sul: R$ 42,81
4°- Região Norte: R$ 42,29
5°- Região Centro-Oeste: R$ 41,75
Algumas capitais se destacam ainda mais, como Florianópolis (R$ 56,11), Rio de Janeiro (R$ 53,90), São Paulo (R$ 53,12) e Campo Grande – a quinta capital com o maior gasto médio por almoço fora de casa.
Esse aumento pode ser justificado por diversos fatores, como reajustes nos preços públicos, impostos, inflação, custo de vida em cada local e muito mais.
Como minimizar os gastos com alimentação fora de casa
Com a alta no custo das refeições, as classes mais pobres foram amplamente afetadas e passaram a consumir alimentos de menor qualidade nutricional, como snacks (salgadinhos de pacote) e salgados (coxinhas, esfihas, etc.).
Isso foi comprovado no estudo produzido pela Kantar, uma consultoria de dados e insights, considerando o período entre 2019 e 2022. Foi registrado um aumento de 35,7% no consumo desse tipo de alimento mais barato.
No entanto, trocar uma refeição completa por snacks não é indicado nem saudável. Por isso, algumas alternativas podem ajudar a conciliar uma alimentação balanceada, gastando menos.
Muitas pessoas estão aderindo às marmitas congeladas, principalmente as fitness, para controlar o orçamento do dia a dia e evitar comer em restaurantes. Outra solução são os lanches naturais, que podem ser levados para comer em intervalos.
Para as pessoas que não possuem tanto tempo para se dedicar à cozinha, a air fryer tem se mostrado uma aliada prática no preparo de refeições rápidas ou apenas para aquecer algum alimento pronto.