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Governador anuncia R$ 1,3 milhão para Cavalhadas


Avatar Por Redação em 24/09/2021 - 00:00

Foto: Divulgação

O governador Ronaldo Caiado anunciou, nesta quinta-feira (23), o repasse de R$ 1,3 milhão para o Circuito das Cavalhadas, que auxiliará os 12 municípios goianos participantes na manutenção e realização das festividades. O tradicional evento, disse Caiado, “faz parte da nossa cultura, das paixões que temos”. A ação está inserida no Programa de Interiorização da Cultura, administrado pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

“Planejamos cada passo do governo. Esperamos, em 2022, fazer as Cavalhadas mais lindas que esse Estado já viu”, completou o governador ao lado da presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), primeira-dama Gracinha Caiado, em evento no Jardim das Jabuticabeiras, no Palácio das Esmeraldas.

Realizado entre os meses de junho e setembro, após os festejos do Divino Pai Eterno, o Circuito das Cavalhadas ocorre em Goiás há mais de dois séculos. Serão cidades-sede no ano que vem: Pirenópolis, Jaraguá, Palmeiras de Goiás, São Francisco, Crixás, Santa Cruz de Goiás, Santa Terezinha, Hidrolina, Pilar de Goiás, Corumbá de Goiás, Posse, além da cidade de Goiás, principal novidade da temporada, que retorna após mais de 50 anos.

Os recursos repassados pelo Estado são para aquisição de indumentária para os cavaleiros, acessórios dos festejos, entre outros custeios. A retomada das Cavalhadas ocorre após dois anos de suspensão devido à pandemia. A realização será possível graças ao avanço da imunização. “Sabemos o quanto é importante saúde, educação, segurança pública, programa social, mas também mantermos a nossa história e tradições. Hoje, com o nível do percentual de vacinação, temos tranquilidade de retornar gradualmente, sem quebrar as regras sanitárias”, salientou Caiado.

O secretário de Estado de Cultura, César Moura, ressaltou o potencial mobilizador de moradores locais e visitantes das festividades, além do fortalecimento das tradições e hábitos nas diversas regiões goianas. “É a primeira vez que a gente está investindo na estrutura”, afirmou. Também foi inédita a iniciativa de reunir cidades envolvidas. “Fizemos reuniões on-line com prefeitos, cavaleiros e representantes da festa. Cada cidade fez seu plano de trabalho para gastar esse recurso da melhor forma e termos uma festa muito linda”, acrescentou.

“Este recurso vai deixar a festa mais linda do que já é. Praticamente dois anos sem a festa não está sendo fácil, mas com muita fé e alegria, vai ser grandioso para nós todos”, celebrou Marcus César dos Santos, cavaleiro cristão de Jaraguá.

“A gente gosta tanto, é tão apaixonado, que ontem, ao tirar a tralha do guarda-roupa para polir a espada, eu já senti o cheiro das Cavalhadas voltando”, disse Roberval Rodrigues de Souza, que há 32 anos faz o papel de rei mouro em Palmeiras de Goiás. “Sofremos para tratar de dois ou três animais por ano. E essa veste toda aqui, é tudo custo do bolso do cavaleiro”, pontuou.

Os representantes municipais também enalteceram o empenho do Estado em investir visando o futuro das festividades. O prefeito de Jaraguá, Paulo Vitor Avelar, classificou o anúncio como um momento histórico. “Tenho certeza que todas as nossas cidades estão ansiosas e, no ano que vem, vamos fazer a festa, a manifestação cultural mais linda que Goiás já viu”, afirmou em nome dos prefeitos. “Gratidão pela sensibilidade por esse jeito verdadeiro de agir e ajudar”, completou, referindo-se ao governador.

História

O cenário das Cavalhadas consiste em uma representação das batalhas entre cristãos e mouros na Península Ibérica ocorridas entre os séculos IX e XV. Dois exércitos, com 12 cavaleiros de cada lado, encenam uma luta coreografada e repleta de ornamentos durante três dias. A batalha encontra a reunião dos Mascarados, personagens que saem às ruas, a pé ou a cavalo, promovendo algazarras.

O primeiro registro data de 1751, em Santa Luzia, hoje Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Remetendo às tradições de Portugal e Espanha, as manifestações mesclam religiosidade, fé, cultura, turismo, economia e valorização do patrimônio imaterial do Estado.

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