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Justiça Federal condena três ex-policiais rodoviários por morte de Genivaldo


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 07/12/2024 - 14:00

Polícia Rodoviária Federal (Foto: Agência Brasil)

A Justiça Federal em Sergipe condenou, na madrugada deste sábado (7), três ex-policiais rodoviários federais pela morte do aposentado Genivaldo Santos de Jesus, ocorrida durante uma abordagem policial em 25 de maio de 2022. O caso, que gerou repercussão nacional pela brutalidade dos atos cometidos, resultou em penas severas aos envolvidos, atribuídas pelo júri popular e confirmadas pelo juiz Rafael Soares Souza, da 7ª Vara Federal de Sergipe.

O ex-policial rodoviário Paulo Rodolpho Nascimento foi condenado a 28 anos de reclusão por homicídio triplamente qualificado, com agravantes de asfixia, motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. Ele foi identificado como o responsável por lançar uma granada de gás lacrimogêneo dentro da viatura onde Genivaldo estava preso.

Outros dois ex-policiais, William Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas, foram condenados a 23 anos, um mês e nove dias de reclusão cada. Embora considerados cúmplices, o júri entendeu que eles não atuaram com a intenção direta de matar, o que resultou em penas menores.

O incidente ocorreu às margens da BR-101, em Umbaúba, Sergipe. Genivaldo foi abordado pelos policiais por pilotar uma motocicleta sem capacete. Sem oferecer resistência, ele desceu do veículo, mas foi derrubado ao chão, algemado e atingido com spray de pimenta.

Já imobilizado, Genivaldo foi colocado na parte traseira da viatura policial. Com ele preso no interior do veículo, o ex-policial Paulo Rodolpho lançou a granada de gás lacrimogêneo e pressionou a porta da viatura contra as pernas da vítima. Segundo a perícia da Polícia Federal, Genivaldo foi asfixiado por 11 minutos e 27 segundos, sem qualquer chance de escapar.