Com menos de cinco minutos de jogo a seleção da Argentina já vencia pelo placar de um a zero e a torcida no Monumental de Nuñes fazia coro pedindo olé!! O superclássico das Américas, válido pela 14ª rodada das Eliminatórias, foi vencido com facilidade pela seleção argentina pelo placar de 4 a 1, a maior derrota do Brasil em Eliminatórias. Em uma de suas piores apresentações nos últimos anos, a seleção brasileira foi massacrada pela “albiceleste” e viu a pressão em cima do técnico Dorival Jr. aumentar.
O péssimo resultado faz a Canarinho cair para a quarta colocação com 21 pontos. A seleção verde e amarela encerra a Data Fifa em março com uma vitória e uma derrota. Já a atual campeã, classificada com antecedência para a Copa do Mundo de 2026, aparece na liderança das Eliminatórias com 31 pontos, oito a mais que o Equador, o segundo colocado. O Brasil assistiu passivamente o adversário passear em campo, sentiu a superioridade da Argentina e foi a nocaute.
É um resultado que precisa ser muito bem avaliado pela cúpula da CBF. A próxima Copa do Mundo está próxima, o Brasil precisa rever todo o trabalho que vem sendo executado nos últimos anos. Dorival Jr. está longe de ser o técnico ideal para a nossa seleção. Mas o que esperar de uma CBF, onde o limitadíssimo presidente é reeleito por unanimidade pelas Federações e Clubes para um novo mandato?
O que o atual Presidente tem feito no comando do futebol brasileiro para ser reeleito com o voto de todos o filiados? E porque as Federações fecharam as portas para Ronaldo Fenômeno, não permitindo sequer a realização de uma reunião para a apresentação de suas ideias visando uma eventual candidatura? Temos que “tirar o chapéu” para Ednaldo Rodrigues, o cara deve ser bom demais para ser reeleito por unanimidade para um novo mandato até 2030.
Ângelo Luiz, o melhor técnico
Mesmo se perder o título para o Vila Nova no próximo domingo, o técnico do Anápolis, Ângelo Luiz, deverá ser escolhido como o melhor do campeonato goiano em 2025. O Anápolis, desde o início da competição, apresentou um padrão tático definido, organização e equilíbrio. Nenhum outro clube do campeonato conseguiu reunir essas qualidades. O tricolor encarou os favoritos da capital com coragem e chegou à final mostrando que tem tudo para conquistar o título, depois de 60 anos do primeiro e único título estadual vencido pelo Anápolis em 1965.

No primeiro jogo da decisão contra o Vila Nova no último domingo no Jonas Duarte, Ângelo Luiz deu um “nó tático” em Rafael Lacerda, técnico do Vila Nova. Mesmo com dez jogadores em campo, após a expulsão do zagueiro do time anapolino ainda no primeiro tempo, Ângelo Luiz reorganizou seu time em campo, fez variações táticas e substituições que foram bem sucedidas, até “matar” o jogo nos minutos finais da partida.
Para muitos, o campeonato acabou, o Anápolis é o campeão goiano. A torcida do Galo da Comarca já esgotou os quatro mil ingressos destinados a ela e promete fazer muito barulho no Serra Dourada. Já o torcedor colorado está dividido. Muitos ainda acreditam na vitória, mas para outros, não dá mais. É mais um ano na fila de espera por um título estadual. O presidente Hugo Bravo é o maior otimista. Disse que o resultado é perfeitamente reversível, fez promoção no preço dos ingressos e aposta no Serra Dourada lotado no domingo. De fato, o resultado é reversível, o problema é o futebol que o Vila pratica em jogos decisivos. É só lembrar do Grêmio Anápolis, Clube do Remo, Paysandu, ABC e agora o próprio Anápolis.