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STF confirma arquivamento de processo contra padre Robson

Religioso, acusado de apropriação indébita e lavagem de dinheiro, mantém decisão que o considera inocente


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 12/09/2024 - 08:44

Padre Robson é inocentado e processo é arquivado pelo STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve o arquivamento do processo contra o padre Robson de Oliveira, ex-presidente da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), que foi alvo de investigações do Ministério Público de Goiás (MP-GO). O religioso havia sido denunciado por crimes de apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, relacionados ao uso de doações feitas por fiéis para a construção da nova Basílica de Trindade. As investigações apontavam que o padre teria desviado mais de R$ 100 milhões, utilizando parte dos recursos para adquirir bens como imóveis e um avião.

A investigação teve início com a Operação Vendilhões, deflagrada pelo MP em 2020, após denúncias de extorsão feitas por hackers que exigiram pagamentos do padre para não divulgarem um suposto relacionamento amoroso. O padre teria pago R$ 2,9 milhões, oriundos das doações da Afipe, para que as mídias não fossem tornadas públicas. A operação resultou na denúncia de 18 pessoas, incluindo o padre Robson, por crimes de organização criminosa, apropriação indébita e lavagem de dinheiro.

No entanto, o processo criminal foi arquivado pelo Tribunal de Justiça de Goiás e, posteriormente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve essa decisão. O STF, ao analisar o caso, também entendeu que não havia elementos suficientes para sustentar as acusações, confirmando o arquivamento definitivo do inquérito. O ministro Alexandre de Moraes destacou que as mesmas questões já haviam sido examinadas em instâncias anteriores, que concluíram pela ausência de crimes.

A defesa do padre Robson, conduzida pelo advogado Pedro Paulo de Medeiros, argumentou que o religioso não cometeu irregularidades na gestão da Afipe e que a decisão do STF reforça sua inocência. Com o arquivamento, o padre não pode mais ser investigado nem no âmbito cível nem no criminal, encerrando definitivamente as ações contra ele.