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O canto da sereia


Andréia Bahia Por Andréia Bahia em 23/06/2024 - 08:03

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano, em algum momento, acreditou que se filiar ao UB poderia blindar sua candidatura das investidas daqueles que não queriam que disputasse a reeleição. Ele se apegou à tese de que não havia nenhum outro pré-candidato na base do governador Ronaldo Caiado e na naturalidade de o prefeito disputar a reeleição. 

Mas havia outro pré-candidato e os sinais estavam lá. Leandro Vilela pediu exoneração do cargo em comissão de diretor de operações do Detran a tempo de participar da eleição. Notícias sem fontes oficiais que davam conta da substituição de Vilmar precederam o anúncio feito na sexta-feira, 21. A troca de Vilmar por Leandro Vilela levou escassos minutos e foi o próprio Caiado a comunicar que ele estava dispensado. Não mandou mensageiros. 

Publicamente, Vilmar negava a condição imposta por Caiado para ser o candidato do UB e do MDB e repetia que pesquisa retrata o momento. “O que as pesquisas dizem hoje não é o que vão dizer daqui a 70 dias, quando começa o período eleitoral.” Na verdade, isso pouco importava. A condição foi a maneira mais elegante que Caiado encontrou para tirar Vilmar do páreo.     

Em público, ele também negava os entreveros com o ex-prefeito Gustavo Mendanha, mas sabia que Mendanha era o mais empenhado em lhe tirar a possibilidade de reeleição. Sabia também que manter os indicados de Gustavo na prefeitura não mudaria os planos dele.

Vilmar tentou acreditar no canto da sereia e achou que poderia abrandar o fogo amigo. Está hoje onde Caiado e seu grupo sempre quiseram que estivesse, fora da disputa.   

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