Skip to content

E os velhos?


Andréia Bahia Por Andréia Bahia em 21/07/2024 - 00:00

Foto: Wallpapers
Foto: Wallpapers

É tempo de eleição e todos os olhos se voltam para a formação de crianças e adolescentes, visando o futuro; e para a qualificação daqueles que que já estão no mercado de trabalho e precisam acompanhar a evolução, no caso, de olho no presente. Certamente, todos os programas de governo que serão apresentados pelos candidatos a prefeito vão dedicar várias propostas a essas faixas etárias.

Estão se esquecendo que estamos envelhecendo, o mundo está envelhecendo, e o ritmo de envelhecimento no Brasil é um dos mais rápidos no planeta. Nos últimos 50 anos, o número de idosos triplicou e até 2050, 30% da população brasileira terá mais de 60 anos.

Pessoas consideradas idosas para o mercado de trabalho, porque não dominam as novas técnicas de trabalho, mas que, por outro lado, não têm idade para aposentar, aposentadoria que a cada reforma da previdência fica mais longe.

Não que uma pessoa de 60 anos não tenha capacidade física e cognitiva  de trabalhar, o que ela não tem é local para trabalhar. Hoje, de acordo com o IBGE, os 60+ representam cerca de 30 milhões e o desemprego nessa parcela da população cresceu de 18,5%, em 2013, para 40,3% em 2018.

A formação da criança é importante, a qualificação do jovem também, garantir creche para a mulher trabalhar é uma pauta importantíssima, mas paralelo a isso é preciso promover uma mudança cultural para que o mercado de trabalho se abra para essa faixa etária e, a partir dai, requalificar esse grupo que já é grande e vai ficar maior.

Afinal, todos caminhamos para lá um dia. 

Pesquisa