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Atacarejo: modelo de negócio focado em preços baixos abrange 51,2% do comércio no Brasil


Avatar Por Redação em 20/11/2021 - 00:00

Foto: Johnathan Mateus Campos|Foto: Johnathan Mateus Campos

O atacado de autosserviço, mais conhecido como atacarejo, é um setor que vem crescendo com grande força no mundo inteiro e cada vez mais no Brasil. O conceito, focado em preços baixos, se aproveita da mudança do hábito de consumo e já atraiu tanto pequenos varejistas, que buscam produtos para revenda, quanto os consumidores finais, que já registram presença em massa nas lojas do segmento. 

Por conta da estrutura de custo operacional mais baixo do que a de supermercados/hipermercados, o modelo é mais atrativo. Os atacarejos conseguem repassar o ganho operacional para o preço final dos produtos, tornando a maioria das mercadorias mais baratas, o que conquistou o grande público que busca preços baixos. Este cenário se fortaleceu com a queda na renda das famílias. O modelo de negócio vem mudando a estratégia de grandes redes como Extra, Walmart e demais hipermercados estão em migração para o atacarejo.  

Enquanto o volume de vendas do comércio varejista brasileiro registrou crescimento de apenas 1,2% em 2020, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor atacadista e distribuidor brasileiro registrou crescimento de 5,2% em 2020. Em termos nominais isso significa um faturamento de R$ 287,8 bilhões, ou seja, participação de cerca de 51,2% do montante geral de R$ 562,3 bilhões movimentados, tanto no varejo, quanto no mercado atacadista, segundo a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD).

O resultado negativo das vendas do varejo coincide com o registro da maior taxa mensal de inflação dos últimos 20 anos. Tal fato lança dúvidas sobre a capacidade do varejo em sustentar o ritmo de reação. Por outro lado, os atacarejos são os que mais cresceram, influenciados pela dinâmica de abertura de novas lojas, preços mais competitivos e por estarem abertos desde o início da pandemia, enquanto outros tipos de comércio permaneceram fechados. O crescimento da modalidade entre 2019 e 2020 foi de 24,9%, atingindo faturamento de R$ 64,7 bilhões. 

Além disso, a queda de performance no setor varejista também coincide com a diminuição da renda média do brasileiro. De acordo com dados de outubro de 2021 da Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), encomendado pela Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), 47,5% das famílias residentes em Goiânia consideram que a renda diminuiu em até 10% se comparado ao mesmo mês do ano passado. 58,5% consideram que estão comprando menos do que outubro de 2020. 

Até agora, vivemos um cenário com atacarejos focados em alimentação e higiene, mas um segmento que promete muito sucesso é o focado em produtos de tecnologia, algo até então inédito no País. De olho nesse segmento em expansão no exterior, o Fujioka Distribuidor tem investido neste formato de negócio desde 2018. A venda por atacado, por exemplo, já representa cerca de 80% dos negócios, com uma carteira de mais de 30 mil clientes com CNPJs ativos com entregas efetivadas para 70% dos municípios brasileiros. Esses números posicionam a marca entre as mil (1.000) maiores empresas do mercado, com R$ 2,1 bilhões em volumes de vendas somente em 2020.

Foto: Johnathan Mateus Campos

De acordo com Dvair Borges Lacerda, diretor comercial do Grupo Fujioka, o novo conceito surge com foco no atendimento do consumidor CNPJ que busca produtos de tecnologia que outras lojas de varejo não têm, principalmente de informática e automação. “Não existe hoje no Brasil uma loja de atacado voltada a produtos de tecnologia e temos itens que tradicionalmente o consumidor tem dificuldade de encontrar. É como se uma pessoa que pretendesse abrir ou fazer a modernização de seu negócio, nos procurasse para ter toda a solução desejada”, ressalta. 

O Fujioka inova ao inaugurar nova loja conceito, do tipo atacarejo, especializada em soluções em produtos de tecnologia — telefonia; informática; televisores, câmeras; projetores; cuidados pessoais; áudio; ar-condicionado — com ênfase em informática, na Praça Tamandaré em Goiânia, a única no País do gênero. “Percebemos que formatar o nosso negócio para o atendimento especializado à demanda de consumidor com CNPJ por produtos de tecnologia é a tendência do momento que foi impulsionado drasticamente pela pandemia”, explica Francisco Rainer, diretor de Distribuição do Fujioka. 

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