Sem que tenha a apoio totalitário em seu próprio partido, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), fez um apelo para que lideranças de outros partidos, possam fazer adesão ao seu projeto presidencial, lançado nesta sexta-feira (4), no ato que consolidou sua pré-candidatura à presidência da República, em Salvador.
Em discurso no evento, Caiado citou nominalmente políticos de diferentes siglas e apelou por apoio regional em estados-chave. “Mas eu quero dizer, Otoni [de Paula] e meu primo Carlos Caiado, presidente da Câmara do Rio de Janeiro: me ajudem naquele estado. Paulinho [da Força], me ajude em São Paulo com seu Solidariedade”, disse, referindo-se ao presidente nacional da legenda.
O governador também direcionou pedidos a representantes do Republicanos, Cidadania, Solidariedade e ao setor empresarial. “O nosso presidente aqui do Republicanos, Márcio, também me dê este espaço para eu continuar trabalhando; o Alexandre, no Cidadania; todos vocês aqui, de partidos políticos, de todos os segmentos empresariais, do senador Moro e do senador Vanderlan, que viajou de madrugada e está aqui conosco.”
O gesto revela que, apesar do discurso de pré-candidatura lançado com entusiasmo e o slogan “Coragem para endireitar o Brasil”, Caiado ainda enfrenta dificuldades para consolidar apoio dentro da direita e até em seu próprio partido. O União Brasil vive um momento de divisão, com setores que resistem ao projeto presidencial do goiano e discutem uma possível federação com o PP, o que pode impactar diretamente nas articulações para 2026.
Otoni de Paula, do MDB, deputado federal pelo Rio de Janeiro, destacou que vai trabalhar não só em seu estado pelo governador Ronaldo Caiado (UB). À Tribuna do Planalto, reforçou que o nome do goiano desponta como o mais preparado para além da família Bolsonaro e que dificilmente, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) terá condições de reverter a inelegibilidade.