Durante audiência com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta terça-feira (22/4), a deputada federal Delegada Adriana Accorsi (PT-GO) recebeu a garantia de que a vacina contra o herpes-zóster será incluída no Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, o imunizante está disponível apenas na rede privada e a alto custo.

A solicitação feita por Adriana se baseia em experiência pessoal: diagnosticada com herpes-zóster na cabeça, ela ficou internada por cinco dias em março. “Senti na pele seus efeitos: dor intensa, lesões, e o risco de sequelas graves como cegueira e paralisia. Defendo que a vacina seja gratuita e acessível a todos no SUS”, afirmou.
Segundo Padilha, o ministério tem como prioridade ampliar o acesso ao imunizante. “A vacina é boa, mas de difícil acesso. Queremos oferecê-la gratuitamente no SUS e realizar grandes campanhas para quem tem indicação. Pode contar conosco”, garantiu.
Goiânia avança com projeto municipal

Paralelamente à iniciativa federal, a Câmara Municipal de Goiânia aprovou em primeira votação o projeto de lei da vereadora Kátia (PT), que propõe a oferta gratuita da vacina na rede pública da capital. O projeto foi defendido por parlamentares como Anselmo Pereira (MDB), farmacêutico, e a médica Rose Cruvinel (UB), que reconheceram sua relevância mesmo diante das limitações legais do Legislativo municipal para criar despesas ao Executivo.
“A vacina é preventiva, e sua oferta gratuita representa economia para o sistema de saúde, ao evitar complicações e internações. Apresentei esse projeto com responsabilidade e visão de saúde pública”, afirmou Kátia.
A vacina é indicada especialmente para pessoas com mais de 50 anos ou imunocomprometidas, e previne tanto a manifestação do vírus quanto sequelas como a neuralgia pós-herpética. A Anvisa aprovou em 2021 a vacina Shingrix, com eficácia superior a 90% e esquema de duas doses. Em clínicas particulares de Goiânia, o esquema completo custa até R$ 1.760, valor inacessível para muitos.
Estudos mostram que os casos de herpes-zóster aumentaram 35% após a pandemia, chegando a uma média de 70 mil novos diagnósticos anuais entre 2019 e 2023.
A proposta municipal segue agora para a Comissão de Saúde da Câmara e, depois, para segunda votação em plenário. No âmbito federal, o Projeto de Lei 2450/2022 também tramita para incluir a vacina no Calendário Nacional de Imunização.
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