Por Herivelto Nunes em 20/05/2025 - 09:07
Nada contra o Estado e o povo de Roraima, mas é no mínimo intrigante a ascensão do recém eleito presidente da Federação Roraimense de Futebol, Samir Xaud, como candidato único ao posto de presidente da CBF – Confederação Brasileira de Futebol. O pai de Samir foi presidente da Federação de Roraima por 41 anos e agora passou o comando para seu filho. O motivo do espanto é que a Federação de Roraima é inexpressiva no futebol brasileiro. Tem apenas oito filiados e nenhum deles disputa o campeonato brasileiro em qualquer das séries. É um futebol quase amador, sem nenhuma representatividade em nível nacional. Mesmo assim, registrou sua chapa e ganhou apoio da maioria das Federações e dos Clubes. Deixou a “a ver navios” até a poderosa Federação Paulista de Futebol, cujo presidente também pleiteava o direito de se candidatar. Vai entender…
O que se passa no colégio eleitoral da CBF? Dia desses elegeram Edmundo Rodrigues por unanimidade absoluta dos votos. Nenhum voto contrário, algo difícil de acreditar. Passados alguns dias, Edmundo foi retirado do cargo pela Justiça do Rio de Janeiro. Tentou recurso junto ao Supremo Tribunal Federal mas logo em seguida anunciou que não continuaria com o recurso. Desejou sucesso à futura gestão de Samir Xaud, atual presidente da Federação de Roraima. Xaud não terá adversário nas eleições da CBF, será aclamado. A pergunta que fica é: Samir Xaud será uma marionete nas mãos dos gigantes do futebol brasileiro ou terá pulso forte para defender suas idéias em favor da melhoria do futebol nacional. Só o tempo dirá. Mas que é estranho, isso é.
Ednaldo Rodrigues apresentou uma petição junto ao Supremo Tribunal Federal em que desiste de tentar retornar ao comando da CBF. Rodrigues diz no texto da petição que desistiu de recorrer da decisão que o tirou do cargo devido aos apelos de seus familiares e também para restaurar a paz no futebol brasileiro. Disse ainda que foi vítima de preconceito por ser negro e nordestino. Mas enfatiza o que considera uma das principais conquistas de sua gestão a contratação do técnico Carlo Ancelotti e a renovação de contrato com a Nike.
Paulo Rogério registra candidatura
O ex-presidente executivo do Goiás Esporte Clube, Paulo Rogério Pinheiro, registrou sua chapa para concorrer ao cargo de Presidente do Conselho Deliberativo do Clube esmeraldino. Ele precisava de um mínimo de 250 assinaturas dos membros do colégio eleitoral, mas conseguiu 262 assinaturas em apoio à sua candidatura. Com esse número a seu favor, a oposição mais uma vez ficou impossibilitada de sequer registrar sua chapa, uma vez que não há número suficiente de Conselheiros para viabilizar o registro de mais uma chapa. É a democracia esmeraldina.
O ex-presidente Sérgio Rassi chegou a lançar a Chapa “Goiás Para Todos”, mas não conseguiu o número exigido para registro da chapa.Por outro lado, chapa Hailé Pinheiro, que tem Paulo Rogério como candidato ao cargo de Presidente do Conselho Deliberativo, será aclamada no dia a ser definido para a realização das eleições. Paulo Rogério não tem o apoio da maioria dos torcedores do Goiás. Algumas de suas posições desagradam quem torce para o Goiás. Como presidente executivo do time da Serrinha, afirmou publicamente que não tinha interesse em ganhar o campeonato goiano. Com isso, permitiu o crescimento do Atlético e do Vila Nova. Agora, disse que, se for eleito, não pretende disputar a Copa Sul-Americana, que, segundo ele, a competição é deficitária.
Seu posicionamento foi duramente criticado por torcedores e parte da imprensa. “Time de futebol só existe para disputar campeonatos e tentar vencê-los. Se não quer disputar alguns deles, qual a razão de existir?”, questionam os torcedores. Se o argumento de Paulo Rogério tivesse algum respaldo lógico, outros clubes brasileiros também desistiriam da Sul-Americana, mas ao contrário, estão sempre participando. São pensamentos estranhos como esse, que faz com que o Goiás não conquiste o campeonato goiano há sete anos, está na série B pelo segundo ano consecutivo, continua fora das Copa do Brasil e esteve na Copa Libertadores apenas uma vez em sua história.
Bruno Peixoto recebe comitiva da Unale em Goiás e lidera reunião nacional
